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Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O flagelo dos acidentes de trânsito ”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
texto1
O número de acidentes de
trânsito registrados pelo Comando Rodoviário da Brigada Militar
(CRBM) diminuiu neste verão em
relação à temporada passada. No entanto, preocupa os policiais o fato de que o
número de mortos e feridos aumentou. Foram registrados 10 óbitos, todos
no Litoral Norte. Os
dados de 75 dias da Operação Golfinho em
estradas estaduais do litoral gaúcho são do período de 15 de dezembro de 2018 até
27 de fevereiro deste ano.
A comparação foi feita com o
verão passado, do início da ação na região até 27 de fevereiro do ano passado.
Um novo balanço deve ser divulgado após quarta-feira (6), com os dados do Carnaval.
Em relação às ocorrências,
foram registrados 279 acidentes na temporada atual, 12% a menos do que no
período passado, quando houve 318 casos. Apesar da redução, o Litoral teve uma
média de pelo menos três registros deste tipo nos últimos dois meses e meio.
Neste verão houve 10 mortes nas estradas estaduais, todas no Litoral Norte, e
no período anterior foram sete. O Litoral Sul, que
teve duas mortes nas estradas estaduais na última Operação Golfinho, e na atual
não teve registros. Além disso, 244 pessoas se feriram em acidentes, sendo 207
no Litoral Norte. Ao todo, houve um aumento de 10% em relação à temporada
passada, quando houve 221 feridos.
O CRBM afirma que recebeu
novos aparelhos tecnológicos neste verão e que intensificou a fiscalização,
principalmente nos feriados. Durante este Carnaval, várias ações têm sido
realizadas para coibir excessos de velocidade, ultrapassagens proibidas, entre
outras infrações de trânsito que geralmente são as que mais causam acidentes.
No sábado (2), por exemplo, o CRBM autuou 159 motoristas na Rota do Sol, no
trecho do Litoral Norte. Além disso, houve mais de 28,7 mil multas no litoral
nesta Operação Golfinho por causa do excesso de velocidade. São 377 casos por
dia e ainda houve um aumento de 130% em relação à última Operação.
48ª Operação Golfinho
Acidentes – 318
Mortes – 7
Feridos – 221
* Dados do início da Operação, em dezembro de 2017, até 27 de fevereiro de 2018.
Mortes – 7
Feridos – 221
* Dados do início da Operação, em dezembro de 2017, até 27 de fevereiro de 2018.
49ª Operação Golfinho
Acidentes – 279 (Redução de
12%)
Mortes – 10 (Aumento de 43%)
Feridos – 244 (Aumento de 10%)
* Dados do início da Operação, em dezembro de 2018, até 27 de fevereiro de 2019. https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/verao/noticia/2019/03/apesar-de-queda-nos-acidentes-verao-de-2019-tem-mais-mortes-nas-estradas-estaduais-cjsudwexa001l01ujt7wyy9mv.html
Mortes – 10 (Aumento de 43%)
Feridos – 244 (Aumento de 10%)
* Dados do início da Operação, em dezembro de 2018, até 27 de fevereiro de 2019. https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/verao/noticia/2019/03/apesar-de-queda-nos-acidentes-verao-de-2019-tem-mais-mortes-nas-estradas-estaduais-cjsudwexa001l01ujt7wyy9mv.html
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texto 2
- Cerca de 1,35 milhão de
pessoas morrem a cada ano em decorrência de acidentes no trânsito;
- A Agenda 2030 para o
Desenvolvimento Sustentável fixou uma meta ambiciosa quanto à segurança no
trânsito, que consiste em reduzir pela metade, até 2020, o número de
mortos e feridos por acidentes de trânsito em todo o mundo;
- Os acidentes de trânsito
custam à maioria dos países 3% de seu produto interno bruto (PIB);
- Mais da metade de todas as
mortes no trânsito ocorre entre usuários vulneráveis das vias: pedestres,
ciclistas e motociclistas;
- 93% das mortes no trânsito ocorrem
em países de baixa e média renda, embora estes concentrem aproximadamente
60% dos veículos do mundo;
- As lesões ocorridas no
trânsito são a principal causa de morte entre crianças e jovens de 5 a 29
anos.
A cada ano, a vida de aproximadamente 1,35 milhão
de pessoas é interrompida devido a um acidente de trânsito. Entre 20 e 50
milhões de pessoas sofrem lesões não fatais, muitas delas resultando em
incapacidade.
As lesões
ocorridas no trânsito provocam perdas econômicas consideráveis para os
indivíduos, suas famílias e países como um todo. Essas perdas decorrem dos
custos com tratamentos (incluindo reabilitação e investigação do acidente), bem
como da redução/perda de produtividade. Os acidentes de trânsito custam à
maioria dos países 3% do seu produto interno bruto (PIB).
Status
socioeconômico
Mais de 90% das mortes no trânsito ocorrem em
países de baixa e média renda. As taxas de mortalidade por lesões no trânsito
são mais elevadas na região africana da OMS. Mesmo em países de alta renda,
pessoas de menor nível socioeconômico são mais propensas a se envolver nesses
eventos.
Idade
As lesões ocorridas no trânsito são a principal
causa de morte entre crianças e jovens de 5 a 29 anos.
Sexo
Desde cedo, os homens são mais propensos a se
envolver em acidentes de trânsito do que as mulheres. Cerca de três quartos
(73%) de todas as mortes no trânsito ocorrem entre jovens do sexo masculino com
menos de 25 anos – que têm quase três vezes mais chances de morrer em acidentes
de trânsito do que mulheres jovens.
Fatores de risco
Enfoque
de sistemas de segurança: considerando erros humanos
O enfoque de sistemas seguros (Safe System) advoga
por transportes seguros para todos os usuários das vias. Essa abordagem
considera a vulnerabilidade das pessoas às lesões graves no trânsito e
reconhece que o sistema deveria ser projetado para acomodar erros humanos.
Os pilares desse enfoque são as vias e corredores
seguros, a velocidade segura, os veículos seguros e os usuários das vias
seguros – os quais devem ser abordados para eliminar lesões fatais e reduzir
lesões graves no trânsito.
Velocidade
Um aumento na velocidade média está diretamente
relacionado tanto à probabilidade de ocorrência de um acidente quanto à
gravidade das suas consequências. Cada aumento de 1% na velocidade média
produz, por exemplo, um aumento de 4% no risco de acidente fatal e um aumento
de 3% no risco de acidente grave. O risco de morte para pedestres atingidos
frontalmente por automóveis aumenta consideravelmente (4,5 vezes de 50 km/h
para 65 km/h).
No choque entre carros, o risco de morte para seus
ocupantes é de 85% a 65 km/h.
Condução
sob influência de álcool e outras substâncias
Conduzir sob a influência de álcool ou qualquer
substância ou droga psicoativa aumenta o risco de acidente com morte e lesões
graves.
O risco de uma colisão no trânsito começa com
baixos níveis de concentração de álcool no sangue e aumenta significativamente
quando o a Concentração de Álcool no Sangue (BAC) do motorista é ≥ 0,04 g/dl.
No caso do uso de drogas psicoativas, o risco de
incorrer em um acidente de trânsito aumenta em diversos graus. O risco de
acidente fatal com uma pessoa que consumiu anfetaminas, por exemplo, é cerca de
5 vezes o risco de alguém que não o fez.
Não
utilização de capacetes para motociclistas, cintos de segurança e sistemas de
retenção para crianças
O uso correto de capacetes pode reduzir em 42% o
risco de mortes e em 69% o risco de lesões graves.
Usar o cinto de segurança reduz o risco de morte
entre motoristas e passageiros dos bancos dianteiros entre 45% e 50% e o risco
de morte e lesões graves entre passageiros dos bancos traseiros em 25%.
O uso de sistemas de retenção para crianças pode
reduzir em 60% o número de mortes.
Direção
distraída
Existem muitos tipos de distrações que podem levar
a uma condução prejudicada. A distração causada por celulares é uma preocupação
crescente para a segurança no trânsito.
Os condutores que usam celulares enquanto dirigem
têm cerca de 4 vezes mais chances de estarem envolvidos em um acidente. O uso
de um telefone ao dirigir diminui os tempos de reação (principalmente o tempo
de reação da frenagem, mas também a reação aos sinais de trânsito) e dificulta
que o condutor mantenha o carro na pista correta e guarde as distâncias de
segurança.
A opção de viva-voz nos veículos não é muito mais
segura do que os telefones à mão e as mensagens de texto durante a direção
aumentam consideravelmente o risco de um acidente.
Infraestrutura
viária insegura
O desenho das vias pode ter um impacto importante
em sua segurança. Idealmente, elas devem ser projetadas considerando a
segurança de todos os usuários das vias. Isso significa garantir serviços
adequados para pedestres, ciclistas e motociclistas. Medidas como calçadas,
ciclovias, pontos de passagem seguros e outras formas de ordenamento do
trânsito são fundamentais para reduzir o risco de lesões.
Veículos
inseguros
Veículos seguros desempenham um papel essencial na
prevenção de acidentes e na redução da probabilidade de lesões graves. Há uma
série de regulamentos das Nações Unidas sobre segurança veicular que, se
aplicados aos padrões de produção dos países, potencialmente salvariam muitas
vidas. Isso inclui exigir que os fabricantes de veículos cumpram as
regulamentações de impacto dianteiro e lateral, incluindo controle eletrônico de
estabilidade, airbags e cintos de segurança em todos os veículos. Sem esses
padrões básicos, o risco de lesões no trânsito – tanto para os que estão nos
veículos quanto para os que estão fora deles – aumenta consideravelmente.
Atenção
inapropriada após acidentes
A demora na detecção e no atendimento aos
envolvidos em um acidente de trânsito aumentam a gravidade dos ferimentos. O
cuidado com as lesões é extremamente sensível ao tempo: atrasos de minutos
podem fazer a diferença entre a vida e a morte. Melhorar os cuidados após os
acidentes requer a garantia de acesso ao atendimento pré-hospitalar oportuno e
à melhoria da qualidade do atendimento pré-hospitalar e hospitalar, por meio de
programas de treinamento especializados, por exemplo.
Cumprimento
insuficiente das normas/leis de trânsito
Se as leis de trânsito relacionadas à direção sob
efeitos do álcool, uso do cinto de segurança, limites de velocidade, capacetes
e sistemas de retenção para crianças não forem cumpridas, elas não poderão
resultar na redução esperada nas mortes e lesões no trânsito.
O que pode ser feito para prevenir as lesões no
trânsito
Lesões no trânsito podem ser evitadas. Os governos
precisam adotar medidas para abordar a segurança no trânsito de maneira
integral. Isso requer envolvimento de vários setores, como transporte,
segurança pública, saúde, educação e ações que tratam da segurança viária,
veículos e seus usuários.
Entre a lista de intervenções eficazes estão:
desenhar uma infraestrutura mais segura e incorporar elementos de segurança
viária na planificação do uso de solo e de transportes; melhorar os
dispositivos de segurança dos veículos e a atenção às vítimas de acidentes de
trânsito; estabelecer e aplicar normas relacionadas aos principais riscos; e
aumentar a conscientização pública sobre o tema.
Resposta mundial
Fornecendo
suporte técnico aos países
A OMS trabalha em todo o espectro nos países, de
forma multissetorial e em parceria com partes interessadas nacionais e
internacionais de diversos setores. Seu objetivo é apoiar os Estados Membros no
planejamento, implementação e avaliação de políticas de segurança no trânsito.
Em 2017, a OMS lançou um pacote técnico de
segurança no trânsito, Save LIVES que sintetiza medidas baseadas em evidências
capazes de reduzir significativamente as mortes e lesões no trânsito. O
documento tem foco na gestão de velocidade, liderança, desenho e melhoria de
infraestrutura, normas de segurança dos veículos, aplicação das leis de
trânsito e sobrevivência pós-acidente.
O pacote prioriza seis estratégias e 22
intervenções que abordam os fatores de risco destacados anteriormente e fornece
orientação aos Estados Membros sobre sua implementação para salvar vidas e
atingir a meta de reduzir pela metade o número de mortos e feridos no trânsito
em todo o mundo até 2020.
Coordenando
a Década de Ação pela Segurança no Trânsito
A OMS é a agência que lidera – em colaboração com
as comissões regionais da ONU – as ações para segurança no trânsito dentro do
sistema das Nações Unidas. Preside a Colaboração das Nações Unidas para a
Segurança no Trânsito e serve como base para a Década de Ação pela Segurança no
Trânsito 2011-2020.
Proclamada por meio de uma resolução da Assembleia
Geral da ONU em 2010, a década foi lançada em maio de 2011 em mais de 110
países, com o objetivo de salvar milhões de vidas implementando um plano
global.
A OMS também desempenha um papel fundamental na
orientação dos esforços globais, continuando a defender a segurança no trânsito
nos mais altos níveis políticos: compilando e disseminando boas práticas em
prevenção, coleta de dados e atendimento aos traumas; compartilhando
informações com o público sobre riscos e como reduzi-los; e chamando a atenção
para a necessidade de aumentar o financiamento nessa área. https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5147:acidentes-de-transito-folha-informativa&Itemid=779
A
metade das mortes de jovens entre 10 e 24 anos em países do continente
americano ocorre por causas evitáveis. As três principais são os
homicídios, os acidentes de trânsito e os suicídios. O dado é de relatório
recente da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) que analisa informações
sobre a saúde dos jovens das Américas entre 2010 e 2018
O relatório registra que a
taxa de mortalidade de jovens na região é maior entre os homens. Os homicídios
matam a cada ano mais de 45 mil jovens entre 15 e 24 anos nas Américas. A
maioria dos casos envolve armas de fogo.
Outro dado mostra que a
taxa de suicídios vem aumentando em toda a região e as mortes também atingem,
principalmente, os jovens do sexo masculino. São cerca de 12
mil mortes por suicídio a cada ano na faixa etária entre 15 e 24 anos.
Em relação ao trânsito, os
condutores jovens têm até dez vezes mais probabilidade de se envolver em
acidentes que os adultos. Aproximadamente 30 mil jovens de 15 a 24 anos
morrem a cada ano no trânsito nas Américas.
O número de casos de
gravidez entre jovens também foi analisado pela Opas. A conclusão é que a
América Latina e o Caribe tiveram a segunda taxa mais alta de
gravidez entre jovens de 15 a 19 anos no período entre 2010 e 2015.
O informe sugere que, além
de ações para melhorar a saúde dos jovens da região, é preciso que o
atendimento envolva outras áreas, as famílias, as escolas e a comunidade para
atuarem no sentido de melhorar as condições de vida dessa faixa etária. Sugere
também a adoção de ações dirigidas a grupos vulneráveis como os indígenas e
afrodescendentes.
O relatório da Opas
analisou dados de 48 países e territórios das Américas. https://portaldotransito.com.br/noticias/metade-das-mortes-de-jovens-das-americas-ocorre-por-causas-evitaveis/
TEXTO 4
Dados por país
Mortes por acidentes de trânsito no mundo.
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