Aulas particulares, presenciais, na Liberdade, SP/SP ou on line. Técnica e estilo. Skype. Faço comentários avulsos tb, com gravação em vídeo e marcações do texto. Um pouco mais caro que os sites da Internet, mas estou na lida há mais de 30 anos e já dei aula no colégio Bandeirantes. A partir de março, aulas de filosofia, presenciais e gravadas. Gramática normativa e Interpretação de textos nos fins de semana, parte da aula, não é cobrado.
segunda-feira, 29 de abril de 2019
RESPOSTA A UM VESTIBULANDO MEIO TRISTONHO E INSEGURO.
FROM SPOTTED ETAPA
“É normal mesmo não sendo nem meio do ano já estar se sentindo um lixo, triste e burro no cursinho? É exatamente assim que eu to. Vejo o pessoal aparentemente feliz e queria saber como levar, pq olha.....”
97Marina Gesdermayer, Eduardo Ito e outras 95 pessoas
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26 de abril às 16:2
97Marina Gesdermayer, Eduardo Ito e outras 95 pessoas
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26 de abril às 16:2
Rose Marinho Prado Ser ou não ser normal? Acho que você se preocupa consigo mesmo, com sua tristeza. Isso é sinal de saúde mental, o que você faz é uma espécie de metalinguagem de si mesmo. Está bem nesse processo de auto-análise. Porém, precisa buscar ajuda, acho que no psicólogo. A PUC ou outras universidades oferecem serviço gratuito. Invista nisso, pois o que penso? Se o vestibular é injusto, judia do jovem, hoje, agora, neste instante, não há o que fazer, a não ser olhar para dentro de si e verificar que a corda que nos ata à luta, quase desumana, de estudar tanto ( a escola brasileira só aperta o caldo - ferve- no vestibular, antes não exigiu muito, daí a sua dor, o seu desespero. O caldo fervendo tem como causa não um projeto pedagógico bacana, mas apenas a concorrência grande que aí sim obriga os carinhas a correrem atrás do que poderiam ter aprendido nos tantos anos de escola em que olhavam a lousa e pensavam no fim de semana ou no porquê de o pai querer deixar a mãe.... etc e tal). Vejo sua fala como um pedido de ajuda. Não sou tão sábia para dizer o que fazer mas ouso pedir que busque uma faculdade que ofereça psicólogo gratuito. E se tiver convênio médico saiba que todos são obrigados da oferecer psicólogos. Cheque se o profissional é bom, nem todos de convênio serão. Vá durante um mês. Se sentir que a vida ganha uns pingos de purpurina então o caminho é certo. O vestibular massacra, é injusto mas o carinha da seca que não tem como plantar vai ralar lutar até conseguir o seu feijão. É do homem lutar pela vida. E a vida do jovem que mora na city é ou criar um negócio próprio, ser nômade digital - precisa coragem - ou lidar com o cursinho e os estudos.
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ALUNOS PODEM FILMAR PROFESSORES?
aulas de redação on line
correções avulsas gravadas https://www.facebook.com/pg/aula.de.redacao.online/reviews/?ref=page_internal
Faça uma dissertação,estilo Unesp, em que analise a possibilidade de um aluno filmar professor em sala de aula.
TEXTO 1
texto 7
Eu sei que o Brasil é um celeiro de corporativistas. E sei que o tema é meio espinhoso. Mas quando se paga (isso vale para escola pública também, já que é com o dinheiro do nosso imposto) para assistir aula de gramática ou matemática ou biologia ou história ou geografia, o aluno tem obrigação de cobrar isso do professor. E, já que, infelizmente, os jumentos diretores e coordenadores, geralmente, têm opiniões muito parecidas com às dos professores, não vejo nada demais o aluno gravar em seu celular como prova.
correções avulsas gravadas https://www.facebook.com/pg/aula.de.redacao.online/reviews/?ref=page_internal
Faça uma dissertação,estilo Unesp, em que analise a possibilidade de um aluno filmar professor em sala de aula.
“Professor tem que ensinar e não doutrinar”. Na conta de Twitter do
presidente Jair Bolsonaro, que se acredita ser gerida principalmente pelo filho
Carlos, foi partilhado este domingo um vídeo que foi captado por uma aluna que
se insurgiu contra as opiniões políticas transmitidas por uma professora, em
plena aula de gramática — incluindo chamar “anta” a Olavo Carvalho, o chamado
“guru” intelectual de Jair Bolsonaro.
No vídeo não aparece o rosto da professora de gramática, apenas o rosto
da aluna — cuja identidade não é conhecida –, filmado de baixo para cima.
Consegue-se ouvir, no entanto, a professora a referir-se ao ideólogo Olavo
Carvalho como uma “anta”, que “mete o pau em tudo”. Essa não terá sido a
primeira crítica feita pela professora a pessoas próximas do governo, já que a
aluna diz no vídeo que a professora tinha estado os 25 minutos anteriores a
“expor a sua opinião político-partidária”.
“A senhora não pode entrar aqui e
falar o que a senhora quiser. Estou pagando pela aula de gramática”,
afirmou a aluna, que garantiu à professora que iria passar a gravar todas as
suas aulas para colocar os vídeos na internet (isto em resposta ao fato de a
professora ter reagido às críticas pedindo à aluna que se fosse queixar ao
diretor da escola).
Professor
tem que ensinar e não doutrinar.
TEXTO 2
‘’Amigos tenho um problema. Leciono em
um escola pública, localizada em região de aglomerado, onde vários alunos
afrontam diariamente os professores, invadem salas para agredir alunos, batem
nas portas durante as aulas, permanecem dentro da sala gritando e incomodando
alunos, tornando impossível o desenvolvimento das aulas. Gostaria de saber se
consigo na justiça o direito de filmar as aulas que ministro, de forma que eu
recolha provas para: exigir providências do empregador, no sentido de promoção
de melhores condições de trabalho; buscar direitos no caso de agressão sofrida;
me defender de acusações falsas realizadas por alunos; buscar meus direitos de
ser respeitado enquanto servidor público.
RESPOSTA
João,
parece complexo, mas é relativamente simples.
A Constituição e o ECA garantem o direito a intimidade e à privacidade dos alunos.
Pode-se filmar em áreas públicas.
A escola e a sala de aula são locais COLETIVOS, cujas regras são ditadas pelas leis, direção e participantes (alunos, pais, professores).
Atualmente, em nome da segurança, aceita-se, tolera-se, monitoramento em praticamente todos os lugares.
Se a Direção da escola instala câmaras de monitoramento, estas fiscalizarão todo o ambiente escolar.
A filmagem que você pretende, geraria imagem apenas em sua sala de aula. Neste caso, estaria nítida a discriminação, o tratamento desigual.
Assim, legalmente, é proibido filmar a sua sala de aula e usar as imagens em desfavor dos alunos.
Entretanto, havendo autorização expressa dos pais e aviso, informação bem visível para todos os alunos, é possível a filmagem.
Outra opção é solicitar autorização da direção para a sua filmagem, o que não a torna legal, mas transfere a responsabilidade para a diretoria.’’.
parece complexo, mas é relativamente simples.
A Constituição e o ECA garantem o direito a intimidade e à privacidade dos alunos.
Pode-se filmar em áreas públicas.
A escola e a sala de aula são locais COLETIVOS, cujas regras são ditadas pelas leis, direção e participantes (alunos, pais, professores).
Atualmente, em nome da segurança, aceita-se, tolera-se, monitoramento em praticamente todos os lugares.
Se a Direção da escola instala câmaras de monitoramento, estas fiscalizarão todo o ambiente escolar.
A filmagem que você pretende, geraria imagem apenas em sua sala de aula. Neste caso, estaria nítida a discriminação, o tratamento desigual.
Assim, legalmente, é proibido filmar a sua sala de aula e usar as imagens em desfavor dos alunos.
Entretanto, havendo autorização expressa dos pais e aviso, informação bem visível para todos os alunos, é possível a filmagem.
Outra opção é solicitar autorização da direção para a sua filmagem, o que não a torna legal, mas transfere a responsabilidade para a diretoria.’’.
Texto 3
Você deverá acessar o contéudo no link
A polícia de São Paulo vai
passar a filmar pessoas em ações com câmeras acopladas aos uniformes. Mas este
é só mais um passo de um fenômeno contemporâneo: temos hoje 8,6 bilhões de
smartphones no mundo e uma câmera de segurança em cada esquina das grandes
cidades. Mais do que nunca, sorria, pois você está sendo fotografado ou filmado.
E muitas vezes, é julgado a partir disso. Só para ficarmos em exemplos
recentes, tivemos o presidente Jair Bolsonaro incentivando alunos a filmar
professores para obter prova de "doutrinação política"; o governo
federal pedindo filmagem de alunos cantando o Hino Nacional; e uma youtuber
vegana sendo fotografada comendo filé de peixe. Até o vídeo de u... - Veja mais
em https://www.bol.uol.com.br/noticias/2019/04/03/quando-voce-pode-ser-filmado-sem-autorizacao.htm?cmpid=copiaecola
Texto 4
Para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, filmar professores
em sala de aula é um direito dos alunos. Ele disse que ainda irá analisar o
conteúdo dos vídeos compartilhados nas redes sociais neste domingo, 28, pelo
presidente Jair Bolsonaro e por seu filho,
Carlos, para saber se alguma irregularidade foi cometida pelos educadores.
“Não
incentivo ninguém a filmar uma conversa na rua, mas as pessoas têm o direito de
filmar. Isso é liberdade individual de cada um. Vou olhar os casos com calma.
Não faremos nada de supetão”, afirmou Weintraub ao Estado,
lembrando que, como professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
sempre deixou que seus alunos gravassem as aulas e fotografassem a lousa.
Segundo
o ministro, o objetivo não é “criar um clima de caça às bruxas” e os
professores devem ficar tranquilos, pois “o direito de todos será preservado”.
Ele afirmou, porém, que podem ser necessárias medidas para “melhorar o ambiente
escolar” nos casos relatados.
“Pelo
que me foi descrito, o dinheiro do contribuinte não estava sendo gasto da
melhor forma. Se eu tivesse pagando por uma aula dessas, eu me sentiria lesado.
Agora, vamos olhar com calma e analisar dentro da lei o que pode ser feito,
respeitando professores, alunos e pagadores de impostos”, disse.
Bolsonaro
compartilhou no Twitter na manhã deste domingo um vídeo com a legenda
"professor tem que ensinar e não doutrinar". Ele mostra uma aluna
questionando uma professora sobre críticas que teriam sido feitas por ela ao
governo, ao projeto “Escola sem Partido” e ao guru bolsonarista, Olavo de Carvalho.
Minutos
depois, Carlos compartilhou na mesma rede social um vídeo no qual um professor
discutia com um aluno, gritava, e falava mal de Bolsonaro. Carlos publicou o
vídeo com a legenda “Gravar/filmar aulas é ato de legítima defesa contra os
predadores ideológicos disfarçados de professores”.
O
ministro afirmou que os professores não devem ficar "apavorados" e
que têm liberdade para tecer comentários fora do horário da aula. "Claro
que ele pode fazer comentários e pode ter sua opinião. Se ele fala qualquer
coisa no intervalo, está no direito dele. Se a aula foi boa, o aluno aprendeu,
não temos nada com isso", disse
“ A aula é um templo sagrado. A invasão de
câmeras que controlem o professor dá ao aluno espécie de arma de fogo. Justo
num país em que professores já sofrem violência, tem-se que a permissão da vigilância dos mestres torná-los-á reféns dos alunos (já não o têm sido?) e não sujeito de sua cátedra.
Professor de natação que não passe firmeza, que não tenha permissão de usar a metodologia que conhece, levará às profundas da água seus pupilos.
Depois não digam que não avisei! Não retirem do professor a palmatória, não mais, a da violência mas aquela que engendra em sua voz autoridade tal que o aprendiz se cala para ouvir. E tendo aprendido aí sim poderá mais à frente contestar, reclamar. Que o faça já em voo de maturidade e não, em tempo de calças curtas (calças curtas é só uma metáfora passadista, Senhores). ’’. Professora Domitila Freitas, Colégio Imaculada em palestra " Parem de oprimir os mestres! Rio de Janeiro.
Professor de natação que não passe firmeza, que não tenha permissão de usar a metodologia que conhece, levará às profundas da água seus pupilos.
Depois não digam que não avisei! Não retirem do professor a palmatória, não mais, a da violência mas aquela que engendra em sua voz autoridade tal que o aprendiz se cala para ouvir. E tendo aprendido aí sim poderá mais à frente contestar, reclamar. Que o faça já em voo de maturidade e não, em tempo de calças curtas (calças curtas é só uma metáfora passadista, Senhores). ’’. Professora Domitila Freitas, Colégio Imaculada em palestra " Parem de oprimir os mestres! Rio de Janeiro.
Texto 5
Em Alphaville (1965),
somos inseridos na trajetória do agente secreto Lenny Caution (Eddie
Constantine, em ótima performance). Ao chegar em Alphaville, uma cidade alocada
num futuro não muito distante, controlada por um computador intitulado Alpha
60, o agente precisa cumprir uma complexa missão: acabar com os planos do Dr.
Von Braun, criador do Alpha 60, a fim de evitar uma guerra intergaláctica.
Nessa
sociedade planejada, as palavras em circulação são controladas
pela máquina. O horizonte existencial dos habitantes de Alphaville se
encontra artificialmente limitado. No local, o agente Caution presencia toda a
descrença das pessoas, bem como a falta de liberdade de expressão. E é nesse
mesmo contexto que vai conhecer Natasha (Anna Karina), mulher por quem irá se
apaixonar, mesmo diante de tanta turbulência.
Com estrutura semelhante às
narrativas literárias Admirável
Mundo Novo, de Aldous Huxley, e 1984, de George Orwell, Alphaville é
um filme que aborda sociologicamente o temor que o período posterior à Segunda
Guerra Mundial trouxe, pois as novas tecnologias haviam reconfigurado o mundo
que passava por constantes e frenéticas transformações. A preocupação com a
vida moderna, com o estado das coisas, com as relações interpessoais e com as
marcas cada vez mais profundas do capitalismo, além do autoritarismo das
ditaduras, está presente, mesmo que iconograficamente, no filme. O que não é
dito na narrativa é representado por elementos do espaço cênico.
No que tange aos aspectos
estruturais, o roteiro é um dos pontos mais fortes. “O ideal em Alphaville é a
tecnocracia como as de formigas e cupins”. Exposta por um dos
personagens, o trecho nos remete a uma clara noção de exaltação do coletivo e o
sentimento de repulsa aos sentimentos individuais oriundos de pessoas
portadoras de emoções e opiniões próprias, algo que não condiz com a realidade
local, um espaço controlado milimetricamente. Quando, em outro momento, um
personagem diz que “o
presente é a forma de toda a vida (…) antes de nós nada existiu aqui”,
o filme adentra na seara teórica dos estudos sobre a memória. Numa alusão à
anulação da memória, os habitantes do local são pessoas que negaram as suas
existências, pois agem como peças de uma espécie de situação experimental.
Dentre outras passagens
marcantes, temos o momento em que um dos personagens afirma que “a poesia transforma a noite em
luz”. Diante da obscuridade das posturas de quem dita o local, a
fala nos remete, salvas as devidas proporções, ao que Platão prega sobre a
presença da “poesia” na vida dos soldados em A República. Poesia para quê, se os habitantes
precisam estar preparados para coisas mais práticas na vida? Esse é um dos
numerosos momentos do filme em que Alphaville aproxima-se
de Fahrenheit 451, do
cineasta François Truffaut, adaptado do romance homônimo de Ray Bradbury: a
literatura como mal, produto nocivo para a racionalização do pensamento.
Ainda
na seara textual, o desenvolvimento do agente Caution nos remete aos mais
variados personagens da mitologia que compõe a história ocidental. O
protagonista lembra o mito de Orfeu, pois resgata a sua amada e pede que ela
não olhe para trás, assim como nos remete à história de Ló, do Gênesis, livro
que inicia a Bíblia Sagrada. Na passagem temos o reforço dessa condição de não
olhar para trás ao abandonar o local, pois como aponta Ló, a mulher que não
obedeceu transformou-se em estátua de sal ao trilhar o caminho de saída de
Sodoma e Gomorra.Alphaville
(Alphaville, França – 1965)
Direção: Jean-Luc Godard
Roteiro: Jean-Luc Godard
Elenco: Eddie Constantine, Anna Karina, Akim Tamiroff, Valérie Boisgel, Jean-Louis Comolli, Christa Lang, Howard Vernon, Jean-Pierre Léaud.
Duração: 98 min.
Direção: Jean-Luc Godard
Roteiro: Jean-Luc Godard
Elenco: Eddie Constantine, Anna Karina, Akim Tamiroff, Valérie Boisgel, Jean-Louis Comolli, Christa Lang, Howard Vernon, Jean-Pierre Léaud.
Duração: 98 min.
https://www.planocritico.com/critica-alphaville-1965/
TRECHO DO FILME
https://www.youtube.com/watch?v=D9BxzdcfLQI
https://www.youtube.com/watch?v=8OjSqRCj3q8
TEXTO 6
TRECHO DO FILME
https://www.youtube.com/watch?v=D9BxzdcfLQI
https://www.youtube.com/watch?v=8OjSqRCj3q8
TEXTO 6
Escola sem partido
A vigilância de alunos sobre professores é uma das principais bandeiras do projeto Escola Sem Partido — apoiado por Bolsonaro —, que propõe acabar com uma suposta “doutrinação” por parte de docentes. Embora o projeto já seja motivo de debate há alguns anos, somente a nova versão dele — apresentada em fevereiro pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) — prevê, expressamente, que os alunos podem gravar as aulas.
“É assegurado aos estudantes o direito de gravar as aulas, a fim de permitir a melhor absorção do conteúdo ministrado e de viabilizar o pleno exercício do direito dos pais ou responsáveis de ter ciência do processo pedagógico e avaliar a qualidade dos serviços prestados pela escola.”
O projeto está em debate no Congresso, e sua aprovação é vista por Bolsonaro e por muitos deputados do PSL como prioridade do governo.
O novo texto tem, em geral, medidas mais rigorosas para fiscalizar os professores do que as versões anteriores. Ele proíbe, por exemplo, que os grêmios estudantis promovam atividades político-partidárias e considera “ato de improbidade administrativa” o descumprimento de quaisquer dos pontos previstos pelo projeto. Também prevê a criação pelo Poder Público de um “canal de denúncias” destinado a reclamações de estudantes em relação a professores.
No entanto, o movimento Escola Sem Partido já foi contestado pela Advocacia-Geral da União, pelo Ministério Público Federal e por associações de professores.
“A insistência nessa pauta é um desrespeito com o mundo educacional. É uma proposta que fere princípios constitucionais de liberdade de cátedra e de pluralidade pedagógica”, criticou a doutora em Educação pela USP Denise Carreira, coordenadora da Ação Educativa, em entrevista ao jornal O Globo em fevereiro deste ano.
Questionada sobre dispositivos que protejam os professores de perseguições, a deputada Bia Kicis, autora da nova versão do projeto, afirmou ao Globo, também em fevereiro, que a intenção é apenas garantir o “direito das crianças”.
Na mesma noite em que Jair Bolsonaro foi eleito, em 28 de outubro, a deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PSL-SC) gerou repúdio de entidades de educação ao pedir na internet que estudantes vigiassem seus professores e denunciassem “manifestações político-partidárias ou ideológicas”. A deputada disponibilizou, na ocasião, um número de WhatsApp para que os alunos enviassem vídeos das aulas de professores.
Um dia depois, o Ministério Público de Santa Catarina informou que foi aberto um procedimento para apurar possível violação ao direito à educação dos estudantes.http://www.osul.com.br/bolsonaro-compartilhou-o-video-de-uma-aluna-que-filmou-a-professora-em-aula/
OPINIÕES DE LEITORES
Eduardo Silva
Eu particularmente estou adorando isto, pois professores são pagos para ensinar e não para expor sua oqpinião ou ideologia politica partidaria, não é ditadura como alguns dizem mas sim questão de respeito e disciplina e tambem tem que por limites em marginais que se dizem estudantes independente de classe social.
Takuo Okada
Olha pelo vídeo o aluno é do ensino fundamental e acho que esta opinião é do pai do aluno que tem raiva ou rancor pelo ensino ou da direita ou da esquerda.
O perigo no Brasil é que não está sendo ensinado ou transmtidino o qiue é certo ou errado ou decente ou indecente e moral ou imoral.
Tudo é colocado se é da DIREITA ou ESQUERDA , esquecem que tem uma linha do que é moral ou imoral ou certo ou errado e hoje nada é discutido numa mesa com serenidadee já partem para briga.
Esse exemplo vem dos nosso legisladores que parecem um ringue onde deve haver só um vencedor ou nós ( elietores) mudamos esta situação ou nós continuaremos indefinidamente na messo bolo , entra e sai de deputados e senadores mas nada é resolvido ou melhorado.
O perigo no Brasil é que não está sendo ensinado ou transmtidino o qiue é certo ou errado ou decente ou indecente e moral ou imoral.
Tudo é colocado se é da DIREITA ou ESQUERDA , esquecem que tem uma linha do que é moral ou imoral ou certo ou errado e hoje nada é discutido numa mesa com serenidadee já partem para briga.
Esse exemplo vem dos nosso legisladores que parecem um ringue onde deve haver só um vencedor ou nós ( elietores) mudamos esta situação ou nós continuaremos indefinidamente na messo bolo , entra e sai de deputados e senadores mas nada é resolvido ou melhorado.
Regis Gerhardt De Souza Gerhardt
Sou a favor de qualquer denúncia contra os direitos educacionais , sejam estruturais da escola , conduta do corpo docente , do aluno e principalmente o conteúdo ministrado pelo professor.
Jean Carlo Mantelli Mantelli
Seria importante alunos filmarem as escolas deste Brasil a fora, as condições que muitos alunos enfrentam no seu dia a dia sem merenda, teto caindo, transporte escolar, professores com salários defasados e atrasados, não dê uma única aluna filiada a partido que tem um pai Rico que paga cursinho leva e traz todo dia e pensa só neles mesmo!!! Acorda pra realidade!!
texto 7
Eu sei que o Brasil é um celeiro de corporativistas. E sei que o tema é meio espinhoso. Mas quando se paga (isso vale para escola pública também, já que é com o dinheiro do nosso imposto) para assistir aula de gramática ou matemática ou biologia ou história ou geografia, o aluno tem obrigação de cobrar isso do professor. E, já que, infelizmente, os jumentos diretores e coordenadores, geralmente, têm opiniões muito parecidas com às dos professores, não vejo nada demais o aluno gravar em seu celular como prova.
"Ain, amanhã se a esquerda também fizer isso com os de direita você não poderá reclamar..."
Gafanhoto, minha opinião altamente abalizada serve para os dois lados. Não vejo nada demais em gravar aulas. Além de ser útil para o aprendizado. Rever é muito bom, sabia?
Gafanhoto, minha opinião altamente abalizada serve para os dois lados. Não vejo nada demais em gravar aulas. Além de ser útil para o aprendizado. Rever é muito bom, sabia?
"Ain, mas o jovem atual não quer saber de rever aulas..." Bom, isso é com eles. Que fique disponível para a meia dúzia que queira.
"Ain, mas o professor se sentirá vigiado e isso fere a liberdade yada yada yada".
Kiridus, muitas empresas filmam seus funcionários. Vocês sabiam que muitas empresas credenciadas do Inmetro são obrigadas a ter câmeras por todo estabelecimento? E quem não faz nada errado, não tem do que ter medo.
Quer dizer que, por essa lógica, vocês devem ser contra colocar câmera para babás e cuidadores que espancam crianças ou idosos, né?
Kiridus, muitas empresas filmam seus funcionários. Vocês sabiam que muitas empresas credenciadas do Inmetro são obrigadas a ter câmeras por todo estabelecimento? E quem não faz nada errado, não tem do que ter medo.
Quer dizer que, por essa lógica, vocês devem ser contra colocar câmera para babás e cuidadores que espancam crianças ou idosos, né?
Repito: o Brasil é um celeiro de corporativistas.
Eu tenho vergonha disso.
#oquevocefazquandoninguemtevefazendo Janice Tomanini
texto 8
Paulo Beraldo
São Paulo
29/04/2019 18h19
Juristas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira, 29, afirmaram que a filmagem de professores em sala de aula, como propôs o ministro da Educação, Abraham Weintraub, pode violar direitos fundamentais dos educadores e é inconstitucional.
A Constituição Federal determina que "são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação". Na avaliação do jurista Leonardo Bertolazzi, sócio-coordenador da área de propriedade intelectual do escritório Braga Nascimento, o direito à imagem é "inviolável".
Ele diz ainda que Lei de Direitos Autorais (9.610/1998) é clara ao estabelecer que a gravação de uma pessoa depende de sua autorização expressa. Bertolazzi diz que há várias medidas legais que permitem aos professores acionarem judicialmente alunos que filmarem o conteúdo autoral, como as aulas, ou usarem a imagem sem consentimento. "Um trecho de uma aula, retirado de um contexto, pode prejudicar a imagem do profissional. Isso pode impulsionar diversas demandas judiciais e, em última análise, sobrecarregar o judiciário com esse tipo de pedido".
O constitucionalista Saulo Stefanone Alle, do Peixoto & Cury Advogados, reforça que para um aluno poder filmar um professor é preciso autorização ou em caso de previsão contratual da instituição de ensino. "A propriedade do professor, o seu modo de ensinar e o conhecimento organizado, fazem parte de uma obra intelectual. Por isso, é preciso respeitar os direitos patrimoniais dos docentes".
Professores contratados em regime de educação à distância assinam contratos temporários que podem ser renovados periodicamente para que o conteúdo possa ser atualizado e continuar sendo divulgado. Para Stefanone Alle, no entanto, há uma diferença considerável: o objetivo da gravação. "Um caso é gravar o professor com sua autorização por conta do estudo relacionado ao curso. Outra situação é gravar com a finalidade de constranger, tirando de contexto e atrapalhando a discussão dentro da sala".
Ele lembra que a Constituição de 1988 prevê ainda a "liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber".
'Censura velada'
Já o filósofo Luiz Bueno, professor da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), diz que os professores são respaldados pela liberdade de cátedra e que é um valor fundamental do professor a liberdade de ensinar sem ter de passar o conteúdo pelo crivo dos alunos ou dos pais. "É exatamente o contrário. Ele tem de ter liberdade e autoridade para poder determinar conteúdos e processos avaliativos", afirma.
Para ele, a ideia de filmar um professor não traz acrescimento ao processo de aquisição de conhecimento. "Vem num clima de denúncia, de controle, de fiscalização da atividade do professor. É uma forma velada de censura que tende a prejudicar o ambiente educacional. É um movimento que aparenta um discurso de liberdade mas esconde uma forma de censura, é típico de regimes totalitários".
Relembre o que disse o ministro
O ministro da Educação afirmou ao Estado que filmar professores é um direito dos alunos. "Não incentivo ninguém a filmar uma conversa na rua, mas as pessoas têm o direito de filmar. Isso é liberdade individual de cada um. Vou olhar os casos com calma. Não faremos nada de supetão", afirmou Weintraub. O ministro afirmou ainda que o objetivo não é criar um clima de "caça às bruxas" e que os direitos dos professores será preservado.
TRÊS PERGUNTAS PARA: RAFAEL MAFEI, PROFESSOR DA FACULDADE DE DIREITO DA USP
O que diz a lei sobre a liberdade ideológica no ambiente universitário e escolar?
O direito brasileiro é explícito em configurar os ambientes de sala de aula e de pesquisa, nos níveis escolar e universitário, como espaços de liberdade aguda para a expressão de teorias, ideias e opiniões. Isso é dito tanto na Constituição quanto nas leis que regulam os ensinos fundamental e médio no Brasil, como é o caso da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Por isso, qualquer medida que agrida a essa liberdade, concreta ou potencialmente, é em princípio contrária ao direito.
É preciso ser ambicioso na interpretação para reconhecer as muitas formas que essas agressões podem tomar, sob pena de diminuir a efetividade da proteção legal: não apenas demissões ou sanções formais, mas também denúncias difamatórias em redes sociais ou grupos de mensagens, como também procedimentos disciplinares puramente intimidatórios, se tiverem por objetivo constranger ideologicamente professores, não têm amparo legal. Essa é uma via de mão dupla: tampouco alunos podem ser perseguidos, intimidados, ridicularizados, ou prejudicados nas suas avaliações ou no ambiente escolar em razão de sua posição política divergir da posição do professor.
Qual sua avaliação sobre filmagens ou gravação de áudios de docentes no ambiente escolar e acadêmico?
Todos têm direito a não ter sua imagem e voz gravadas e divulgadas sem prévio consentimento expresso. A Constituição protege nossa imagem como parte de nossa privacidade de maneira muito forte, classificando-a de 'inviolável'. Assim, a conduta de filmar e divulgar uma pessoa sem seu consentimento - mais ainda com o intuito de constrangê-la no exercício de seu direito de livre exercício profissional ou liberdade científica - é flagrantemente ilegal.
Aulas e palestras são também patrimônio intelectual do professor e não podem ser gravadas, muito menos divulgadas, sem sua expressa autorização. A violação desses deveres dá ao professor direito de reparação por danos morais ou materiais, conforme o caso.
Como devem agir as instituições de ensino nesses casos?
Entendo que a direção de um estabelecimento educacional tem o dever de colocar-se ao lado do professor agredido e defendê-lo contra violências e intimidações praticadas por alunos e pais. Como empregadores, as escolas são responsáveis pela integridade de seus funcionários (professores) em sua relação de trabalho, devendo protegê-los de constrangimentos ilegais e assédios de qualquer natureza. Ao receber a notícia de que um professor está sofrendo intimidação ou agressões presenciais ou virtuais por suas posições políticas e ideológicas, a escola tem o dever de agir em sua proteção.
Os casos em que o direito permite o uso de filmagem não autorizada de alguém limitam-se às situações em que tal filmagem é constituída como prova para a defesa contra um crime de que se é vítima. Assim, é perfeitamente lícita a conduta de uma aluna filmar, clandestinamente, o assédio sexual de seu professor para defender-se de suas investidas, fazê-las cessar, e vê-lo punido; mas é ilícito o ato de intimidar o professor no livre exercício de sua profissão apenas por divergir de sua posição ideológica ou político-partidária, ou por não compartilhar da opinião dele sobre Jair Bolsonaro, Lula, Olavo de Carvalho ou Paulo Freire.https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2019/04/29/para-juristas-filmagem-de-professores-viola-direitos-e-e-inconstitucional.htm?utm_source=facebook&utm_medium=social-media&utm_campaign=noticias&utm_content=geral
Eu tenho vergonha disso.
#oquevocefazquandoninguemtevefazendo Janice Tomanini
texto 8
Paulo Beraldo
São Paulo
29/04/2019 18h19
Juristas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira, 29, afirmaram que a filmagem de professores em sala de aula, como propôs o ministro da Educação, Abraham Weintraub, pode violar direitos fundamentais dos educadores e é inconstitucional.
A Constituição Federal determina que "são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação". Na avaliação do jurista Leonardo Bertolazzi, sócio-coordenador da área de propriedade intelectual do escritório Braga Nascimento, o direito à imagem é "inviolável".
Ele diz ainda que Lei de Direitos Autorais (9.610/1998) é clara ao estabelecer que a gravação de uma pessoa depende de sua autorização expressa. Bertolazzi diz que há várias medidas legais que permitem aos professores acionarem judicialmente alunos que filmarem o conteúdo autoral, como as aulas, ou usarem a imagem sem consentimento. "Um trecho de uma aula, retirado de um contexto, pode prejudicar a imagem do profissional. Isso pode impulsionar diversas demandas judiciais e, em última análise, sobrecarregar o judiciário com esse tipo de pedido".
O constitucionalista Saulo Stefanone Alle, do Peixoto & Cury Advogados, reforça que para um aluno poder filmar um professor é preciso autorização ou em caso de previsão contratual da instituição de ensino. "A propriedade do professor, o seu modo de ensinar e o conhecimento organizado, fazem parte de uma obra intelectual. Por isso, é preciso respeitar os direitos patrimoniais dos docentes".
Professores contratados em regime de educação à distância assinam contratos temporários que podem ser renovados periodicamente para que o conteúdo possa ser atualizado e continuar sendo divulgado. Para Stefanone Alle, no entanto, há uma diferença considerável: o objetivo da gravação. "Um caso é gravar o professor com sua autorização por conta do estudo relacionado ao curso. Outra situação é gravar com a finalidade de constranger, tirando de contexto e atrapalhando a discussão dentro da sala".
Ele lembra que a Constituição de 1988 prevê ainda a "liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber".
'Censura velada'
Já o filósofo Luiz Bueno, professor da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), diz que os professores são respaldados pela liberdade de cátedra e que é um valor fundamental do professor a liberdade de ensinar sem ter de passar o conteúdo pelo crivo dos alunos ou dos pais. "É exatamente o contrário. Ele tem de ter liberdade e autoridade para poder determinar conteúdos e processos avaliativos", afirma.
Para ele, a ideia de filmar um professor não traz acrescimento ao processo de aquisição de conhecimento. "Vem num clima de denúncia, de controle, de fiscalização da atividade do professor. É uma forma velada de censura que tende a prejudicar o ambiente educacional. É um movimento que aparenta um discurso de liberdade mas esconde uma forma de censura, é típico de regimes totalitários".
Relembre o que disse o ministro
O ministro da Educação afirmou ao Estado que filmar professores é um direito dos alunos. "Não incentivo ninguém a filmar uma conversa na rua, mas as pessoas têm o direito de filmar. Isso é liberdade individual de cada um. Vou olhar os casos com calma. Não faremos nada de supetão", afirmou Weintraub. O ministro afirmou ainda que o objetivo não é criar um clima de "caça às bruxas" e que os direitos dos professores será preservado.
TRÊS PERGUNTAS PARA: RAFAEL MAFEI, PROFESSOR DA FACULDADE DE DIREITO DA USP
O que diz a lei sobre a liberdade ideológica no ambiente universitário e escolar?
O direito brasileiro é explícito em configurar os ambientes de sala de aula e de pesquisa, nos níveis escolar e universitário, como espaços de liberdade aguda para a expressão de teorias, ideias e opiniões. Isso é dito tanto na Constituição quanto nas leis que regulam os ensinos fundamental e médio no Brasil, como é o caso da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Por isso, qualquer medida que agrida a essa liberdade, concreta ou potencialmente, é em princípio contrária ao direito.
É preciso ser ambicioso na interpretação para reconhecer as muitas formas que essas agressões podem tomar, sob pena de diminuir a efetividade da proteção legal: não apenas demissões ou sanções formais, mas também denúncias difamatórias em redes sociais ou grupos de mensagens, como também procedimentos disciplinares puramente intimidatórios, se tiverem por objetivo constranger ideologicamente professores, não têm amparo legal. Essa é uma via de mão dupla: tampouco alunos podem ser perseguidos, intimidados, ridicularizados, ou prejudicados nas suas avaliações ou no ambiente escolar em razão de sua posição política divergir da posição do professor.
Qual sua avaliação sobre filmagens ou gravação de áudios de docentes no ambiente escolar e acadêmico?
Todos têm direito a não ter sua imagem e voz gravadas e divulgadas sem prévio consentimento expresso. A Constituição protege nossa imagem como parte de nossa privacidade de maneira muito forte, classificando-a de 'inviolável'. Assim, a conduta de filmar e divulgar uma pessoa sem seu consentimento - mais ainda com o intuito de constrangê-la no exercício de seu direito de livre exercício profissional ou liberdade científica - é flagrantemente ilegal.
Aulas e palestras são também patrimônio intelectual do professor e não podem ser gravadas, muito menos divulgadas, sem sua expressa autorização. A violação desses deveres dá ao professor direito de reparação por danos morais ou materiais, conforme o caso.
Como devem agir as instituições de ensino nesses casos?
Entendo que a direção de um estabelecimento educacional tem o dever de colocar-se ao lado do professor agredido e defendê-lo contra violências e intimidações praticadas por alunos e pais. Como empregadores, as escolas são responsáveis pela integridade de seus funcionários (professores) em sua relação de trabalho, devendo protegê-los de constrangimentos ilegais e assédios de qualquer natureza. Ao receber a notícia de que um professor está sofrendo intimidação ou agressões presenciais ou virtuais por suas posições políticas e ideológicas, a escola tem o dever de agir em sua proteção.
Os casos em que o direito permite o uso de filmagem não autorizada de alguém limitam-se às situações em que tal filmagem é constituída como prova para a defesa contra um crime de que se é vítima. Assim, é perfeitamente lícita a conduta de uma aluna filmar, clandestinamente, o assédio sexual de seu professor para defender-se de suas investidas, fazê-las cessar, e vê-lo punido; mas é ilícito o ato de intimidar o professor no livre exercício de sua profissão apenas por divergir de sua posição ideológica ou político-partidária, ou por não compartilhar da opinião dele sobre Jair Bolsonaro, Lula, Olavo de Carvalho ou Paulo Freire.https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2019/04/29/para-juristas-filmagem-de-professores-viola-direitos-e-e-inconstitucional.htm?utm_source=facebook&utm_medium=social-media&utm_campaign=noticias&utm_content=geral
quarta-feira, 17 de abril de 2019
EXERCÍCIOS DE FIGURA DE LINGUAGEM
PARA MEUS ALUNOS
IMPRIMAM, MARQUEM AS RESPOSTAS. VENHAM PARA A AULA COM AS FOLHAS NOMEADAS.
ALUNOS ON LINE. FAÇAM NO WORD. MANDEM PELO EMAIL LENEROSEMEISTER@GMAIL.COM
https://ifrjparacambi.blogspot.com/2012/
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Exercícios sobre figuras de linguagem
I.
01. (VUNESP) No trecho: "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura de linguagem presente é chamada:
a) metáfora
b) hipérbole
c) hipérbato
d) anáfora
e) antítese
02. (PUC - SP) Nos trechos: "O pavão é um arco-íris de plumas" e "...de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira..." enquanto procedimento estilístico, temos, respectivamente:
a) metáfora e polissíndeto;
b) comparação e repetição;
c) metonímia e aliteração;
d) hipérbole e metáfora;
e) anáfora e metáfora.
03. (PUC - SP) Nos trechos: "...nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major" e "...o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja" encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:
a) prosopopéia e hipérbole;
b) hipérbole e metonímia;
c) perífrase e hipérbole;
d) metonímia e eufemismo;
e) metonímia e prosopopéia.
04. (VUNESP) Na frase: "O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô", encontramos a
figura de linguagem chamada:
a) silepse de pessoa
b) elipse
c) anacoluto
d) hipérbole
e) silepse de número
05. (ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras?
a) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono." (eufemismo)
b) "A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. (prosopopéia)
c) Já não são tão freqüentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número)
d) "E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua..." (aliteração)
e) "Oh sonora audição colorida do aroma." (sinestesia)
06. (UM - SP) Indique a alternativa em que haja uma concordância realizada por silepse:
a) Os irmãos de Teresa, os pais de Júlio e nós, habitantes desta pacata região, precisaremos de muita força para sobreviver.
b) Poderão existir inúmeros problemas conosco devido às opiniões dadas neste relatório.
c) Os adultos somos bem mais prudentes que os jovens no combate às dificuldades.
d) Dar-lhe-emos novas oportunidades de trabalho para que você obtenha resultados mais satisfatórios.
e) Haveremos de conseguir os medicamentos necessários para a cura desse vírus insubordinável a qualquer tratamento.
07. (FEI) Assinalar a alternativa correta, correspondente à figuras de linguagem, presentes nos fragmentos abaixo:
I. "Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste."
II. "A moral legisla para o homem; o direito para o cidadão."
III. "A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam."
IV. "Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, pára, ergues a mão em viseira, firma os olhos."
a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo;
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto;
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato;
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo;
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma.
08. (FEBA - SP) Assinale a alternativa em que ocorre aliteração:
a) "Água de fonte .......... água de oceano ............. água de pranto. (Manuel Bandeira)
b) "A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia." (Chico Buarque)
c) "Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então." (Clarice Lispector)
d) "Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor." (Mário Quintana)
e) N.d.a.
09. (CESGRANRIO) Na frase "O fio da idéia cresceu, engrossou e partiu-se" ocorre processo de gradação. Não há gradação em:
a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.
10. (FATEC) "Seus óculos eram imperiosos." Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima:
a) "As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes."
b) "Nasci na sala do 3° ano."
c) "O bonde passa cheio de pernas."
d) "O meu amor, paralisado, pula."
e) "Não serei o poeta de um mundo caduco."
II.
Exercício 1: No enunciado: “Virgílio, traga-me uma coca cola bem gelada!”, registra-se uma figura de linguagem denominada:
A) anáfora
B) personificação
C) antítese
D) catacrese
E) metonímia
Exercício 2: (FMU) Quando você afirma que enterrou “no dedo um alfinete”, que embarcou “no trem” e que serrou “os pés da mesa”, recorre a um tipo de figura de linguagem denominada:
A) metonímia
B) antítese
C) paródia
D) alegoria
E) catacrese
Exercício 3: (U. Taubaté) No sintagma: “Uma palavra branca e fria”, encontramos a figura denominada:
A) sinestesia
B) eufemismo
C) onomatopéia
D) antonomásia
E) catacrese
Exercício 4: (FAU-Santos) Nos versos: “Bomba atômica que aterra
Pomba atônita da paz
Pomba tonta, bomba atômica…”
A repetição de determinados elemento fônicos é um recurso estilístico denominado:
A) hiperbibasmo
B) sinédoque
C) metonímia
D) aliteração
E) metáfora
Exercício 5: (Maringá) Leia os versos e depois assinale a alternativa correta:
“Amo do nauta o doloroso grito
Em frágil prancha sobre o mar de horrores,
Porque meu seio se tornou pedra,
Porque minh’alma descorou de dores.” (Fagundes Varela)
No primeiro verso, há uma figura que se traduz por:
A) pleonasmo
B) hipérbato
C) gradação
D) anacoluto
E) anáfora
Exercício 6: (Cesesp – PE) Leia atentamente os períodos:
1.Vários de nós ficamos surpresos.
2.Essa gente está furiosa e com medo; por consequência, capazes de tudo.
3.Tua mãe, não há idade nem desgraça que lhe transforme o sorriso.
4.Entre elas, alguém estava envergonhada.
Os períodos aça contêm, respectiva e sucessivamente, as seguintes figuras de sintaxe:
A) Silepse de pessoa, silepse de gênero, anacoluto, silepse de número.
B) Anacoluto, anacoluto, anacoluto, silepse de número.
C) Silepse de número, silepse de pessoa, anacoluto, anacoluto.
D) Silepse de pessoa, silepse de número, anacoluto, silepse de gênero.
E) Silepse de pessoa, anacoluto, silepse de gênero, anacoluto.
Exercício 7: (Inatel) Reconheça e classifique as figuras de palavras, de construção e de pensamento:
( ) “Quando uma lousa cai sobre um cadáver mudo”.
( ) “Terrível hemorragia de sangue”.
( ) “Das idades através”.
( ) “Oxalá tenham razão”.
( ) “Trejeita, e canta, e ri nervosamente”.
•(1) Polissíndeto
•(2) Hipérbato
•(3) Epíteto
•(4) Pleonasmo
•(5) Elipse
A sequência que corresponde à resposta correta é:
A) 4,3,5,2,1
B) 3,4,2,1,5
C) 3,4,2,5,1
D) 3,4,5,2,1
E) 1,3,2,5,4
Exercício 8: (Cescea) Identifique os recursos estilísticos empregados no texto:
“Nem tudo tinham os antigos, nem tudo temos, os modernos”. (Machado de Assis)
A) anáfora – antítese – silepse
B) metáfora – antítese – elipse
C) anástrofe – antítese – zeugma
D) pleonasmo – antítese – silepse
E) anástrofe – comparação – parábola
Exercício 9: (Mack) Nos versos abaixo, uma figura se ergue graças co conflito de duas visões antagônicas:
“Saio do hotel com quatro olhos,
- Dois do presente,
- Dois do passado.”
Esta figura de linguagem recebe o nome de:
A) metonímia
B) catacrese
C) hipérbole
D) antítese
E) hipérbato
Exercício 10: (FUVEST) Identifique a figura de linguagem empregada nos versos destacados:
“No tempo de meu Pai, sob estes galhos,
Como uma vela fúnebre de cera,
Chorei bilhões de vezes com a canseira
De inexorabilíssimos trabalhos!”
A) antítese
B) anacoluto
C) hipérbole
D) litotes
E) paragoge
Exercício 11: (FUVEST) A figura de linguagem empregada nos versos em destaque é:
“Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável)
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!”
A) clímax
B) eufemismo
C) sínquise
D) catacrese
E) pleonasmo
Exercício 12: Em cada um dos períodos abaixo ocorre uma silepse. Marque a alternativa que classifica corretamente cada uma delas.
1.“Está uma pessoa ouvindo missa, meia-hora o cansa e atormenta e faz romper em murmurações”.
2.“E todos assim nos distraímos nesses preparativos”. (Aníbal Machado)
3.“A multidão vai subindo, subiram, subiram mais”. (Murilo Mendes)
A) silepse de gênero, silepse de número, silepse de número.
B) silepse de pessoa, silepse de número, silepse de pessoa.
C) silepse de gênero, silepse de pessoa, silepse de pessoa.
D) silepse de gênero, silepse de pessoa, silepse de número.
E) silepse de número, silepse de pessoa, silepse de gênero.
Nos exercícios de número 1 a 20, faça a associação de acordo com o seguinte código:
a) elipse g) anacoluto
b) zeugma h) silepse de gênero
c) pleonasmo i) silepse de número
d) polissíndeto j) silepse de pessoa
e) assíndeto l) anáfora
f) hipérbato m) anástrofe
1. ( ) “Dizem que os cariocas somos pouco dados aos jardins públicos.”(Machado de Assis)
2. ( ) “Aquela mina de ouro, ele não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.” (José Lins do Rego)
3) ( ) “Este prefácio, apesar de interessante, inútil.” (Mário Andrade)
4. ( ) “Era véspera de Natal, as horas passavam, ele devia de querer estar ao lado de lá-Dijina, em sua casa deles dois, da outra banda, na Lapa-Laje.” (Guimarães Rosa)
5. ( ) “Em volta: leões deitados, pombas voando, ramalhetes de flores com laços de fitas, o Zé-Povinho de chapéu erguido.”
(Aníbal Machado)
6. ( ) “Sob os tetos abatidos e entre os esteios fumegantes, deslizavam melhor, a salvo, ou tinham mais invioláveis esconderijos, os sertanejos emboscados. “ (Euclides da Cunha)
7. ( ) V. Exa. está cansado?
8. ( ) “Caça, ninguém não pegava... (Mário de Andrade)
9. ( ) “Mas, me escute, a gente vamos chegar lá.”(Guimarães Rosa)
10. ( ) “Grande parte, porém, dos membros daquela assembléia estavam longe destas idéias.”(Alexandre Herculano)
11. ( ) “E brinquei, e dancei e fui
Vestido de rei....”(Chico Buarque)
12. ( ) “Wilfredo foge. O horror vai com ele, inclemente. Foge, corre, e vacila, e tropeça e resvala, E levanta-se, e foge alucinadamente....”(Olavo Bilac)
13. ( ) “Agachou-se, atiçou o fogo, apanhou uma brasa com a colher, acendeu o cachimbo, pôs-se a chupar o canudo do taquari cheio de sarro.” (Graciliano Ramos)
14. ( ) “Tão bom se ela estivesse viva me ver assim.”
(Antônio Olavo Pereira)
15. ( ) “Coisa curiosa é gente velha. Como comem!” (Aníbal Machado)
16. ( ) “Sonhei que estava sonhando um sonho sonhado.”(Martinho da Vila)
17. ( ) “Rubião fez um gesto. Palha outro; mas quão diferentes.”( Machado de Assis)
18. ( ) “Estava certo de que nunca jamais ninguém saberia do meu crime.” (Aurélio Buarque de Holanda)
19. ( ) “Fulgem as velhas almas namoradas....
- Almas tristes, severas, resignadas,
De guerreiros, de santos, de poetas. “
(Camilo Pessanha)
20. ( ) “Muita gente anda no mundo sem saber pra quê: vivem porque vêem os outros viverem.”
(J. Simões Lopes Neto)
01. (VUNESP) No trecho: "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura de linguagem presente é chamada:
a) metáfora
b) hipérbole
c) hipérbato
d) anáfora
e) antítese
02. (PUC - SP) Nos trechos: "O pavão é um arco-íris de plumas" e "...de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira..." enquanto procedimento estilístico, temos, respectivamente:
a) metáfora e polissíndeto;
b) comparação e repetição;
c) metonímia e aliteração;
d) hipérbole e metáfora;
e) anáfora e metáfora.
03. (PUC - SP) Nos trechos: "...nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major" e "...o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja" encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:
a) prosopopéia e hipérbole;
b) hipérbole e metonímia;
c) perífrase e hipérbole;
d) metonímia e eufemismo;
e) metonímia e prosopopéia.
04. (VUNESP) Na frase: "O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô", encontramos a
figura de linguagem chamada:
a) silepse de pessoa
b) elipse
c) anacoluto
d) hipérbole
e) silepse de número
05. (ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras?
a) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono." (eufemismo)
b) "A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. (prosopopéia)
c) Já não são tão freqüentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número)
d) "E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua..." (aliteração)
e) "Oh sonora audição colorida do aroma." (sinestesia)
06. (UM - SP) Indique a alternativa em que haja uma concordância realizada por silepse:
a) Os irmãos de Teresa, os pais de Júlio e nós, habitantes desta pacata região, precisaremos de muita força para sobreviver.
b) Poderão existir inúmeros problemas conosco devido às opiniões dadas neste relatório.
c) Os adultos somos bem mais prudentes que os jovens no combate às dificuldades.
d) Dar-lhe-emos novas oportunidades de trabalho para que você obtenha resultados mais satisfatórios.
e) Haveremos de conseguir os medicamentos necessários para a cura desse vírus insubordinável a qualquer tratamento.
07. (FEI) Assinalar a alternativa correta, correspondente à figuras de linguagem, presentes nos fragmentos abaixo:
I. "Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste."
II. "A moral legisla para o homem; o direito para o cidadão."
III. "A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam."
IV. "Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, pára, ergues a mão em viseira, firma os olhos."
a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo;
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto;
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato;
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo;
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma.
08. (FEBA - SP) Assinale a alternativa em que ocorre aliteração:
a) "Água de fonte .......... água de oceano ............. água de pranto. (Manuel Bandeira)
b) "A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia." (Chico Buarque)
c) "Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então." (Clarice Lispector)
d) "Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor." (Mário Quintana)
e) N.d.a.
09. (CESGRANRIO) Na frase "O fio da idéia cresceu, engrossou e partiu-se" ocorre processo de gradação. Não há gradação em:
a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.
10. (FATEC) "Seus óculos eram imperiosos." Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima:
a) "As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes."
b) "Nasci na sala do 3° ano."
c) "O bonde passa cheio de pernas."
d) "O meu amor, paralisado, pula."
e) "Não serei o poeta de um mundo caduco."
II.
Exercício 1: No enunciado: “Virgílio, traga-me uma coca cola bem gelada!”, registra-se uma figura de linguagem denominada:
A) anáfora
B) personificação
C) antítese
D) catacrese
E) metonímia
Exercício 2: (FMU) Quando você afirma que enterrou “no dedo um alfinete”, que embarcou “no trem” e que serrou “os pés da mesa”, recorre a um tipo de figura de linguagem denominada:
A) metonímia
B) antítese
C) paródia
D) alegoria
E) catacrese
Exercício 3: (U. Taubaté) No sintagma: “Uma palavra branca e fria”, encontramos a figura denominada:
A) sinestesia
B) eufemismo
C) onomatopéia
D) antonomásia
E) catacrese
Exercício 4: (FAU-Santos) Nos versos: “Bomba atômica que aterra
Pomba atônita da paz
Pomba tonta, bomba atômica…”
A repetição de determinados elemento fônicos é um recurso estilístico denominado:
A) hiperbibasmo
B) sinédoque
C) metonímia
D) aliteração
E) metáfora
Exercício 5: (Maringá) Leia os versos e depois assinale a alternativa correta:
“Amo do nauta o doloroso grito
Em frágil prancha sobre o mar de horrores,
Porque meu seio se tornou pedra,
Porque minh’alma descorou de dores.” (Fagundes Varela)
No primeiro verso, há uma figura que se traduz por:
A) pleonasmo
B) hipérbato
C) gradação
D) anacoluto
E) anáfora
Exercício 6: (Cesesp – PE) Leia atentamente os períodos:
1.Vários de nós ficamos surpresos.
2.Essa gente está furiosa e com medo; por consequência, capazes de tudo.
3.Tua mãe, não há idade nem desgraça que lhe transforme o sorriso.
4.Entre elas, alguém estava envergonhada.
Os períodos aça contêm, respectiva e sucessivamente, as seguintes figuras de sintaxe:
A) Silepse de pessoa, silepse de gênero, anacoluto, silepse de número.
B) Anacoluto, anacoluto, anacoluto, silepse de número.
C) Silepse de número, silepse de pessoa, anacoluto, anacoluto.
D) Silepse de pessoa, silepse de número, anacoluto, silepse de gênero.
E) Silepse de pessoa, anacoluto, silepse de gênero, anacoluto.
Exercício 7: (Inatel) Reconheça e classifique as figuras de palavras, de construção e de pensamento:
( ) “Quando uma lousa cai sobre um cadáver mudo”.
( ) “Terrível hemorragia de sangue”.
( ) “Das idades através”.
( ) “Oxalá tenham razão”.
( ) “Trejeita, e canta, e ri nervosamente”.
•(1) Polissíndeto
•(2) Hipérbato
•(3) Epíteto
•(4) Pleonasmo
•(5) Elipse
A sequência que corresponde à resposta correta é:
A) 4,3,5,2,1
B) 3,4,2,1,5
C) 3,4,2,5,1
D) 3,4,5,2,1
E) 1,3,2,5,4
Exercício 8: (Cescea) Identifique os recursos estilísticos empregados no texto:
“Nem tudo tinham os antigos, nem tudo temos, os modernos”. (Machado de Assis)
A) anáfora – antítese – silepse
B) metáfora – antítese – elipse
C) anástrofe – antítese – zeugma
D) pleonasmo – antítese – silepse
E) anástrofe – comparação – parábola
Exercício 9: (Mack) Nos versos abaixo, uma figura se ergue graças co conflito de duas visões antagônicas:
“Saio do hotel com quatro olhos,
- Dois do presente,
- Dois do passado.”
Esta figura de linguagem recebe o nome de:
A) metonímia
B) catacrese
C) hipérbole
D) antítese
E) hipérbato
Exercício 10: (FUVEST) Identifique a figura de linguagem empregada nos versos destacados:
“No tempo de meu Pai, sob estes galhos,
Como uma vela fúnebre de cera,
Chorei bilhões de vezes com a canseira
De inexorabilíssimos trabalhos!”
A) antítese
B) anacoluto
C) hipérbole
D) litotes
E) paragoge
Exercício 11: (FUVEST) A figura de linguagem empregada nos versos em destaque é:
“Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável)
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!”
A) clímax
B) eufemismo
C) sínquise
D) catacrese
E) pleonasmo
Exercício 12: Em cada um dos períodos abaixo ocorre uma silepse. Marque a alternativa que classifica corretamente cada uma delas.
1.“Está uma pessoa ouvindo missa, meia-hora o cansa e atormenta e faz romper em murmurações”.
2.“E todos assim nos distraímos nesses preparativos”. (Aníbal Machado)
3.“A multidão vai subindo, subiram, subiram mais”. (Murilo Mendes)
A) silepse de gênero, silepse de número, silepse de número.
B) silepse de pessoa, silepse de número, silepse de pessoa.
C) silepse de gênero, silepse de pessoa, silepse de pessoa.
D) silepse de gênero, silepse de pessoa, silepse de número.
E) silepse de número, silepse de pessoa, silepse de gênero.
Nos exercícios de número 1 a 20, faça a associação de acordo com o seguinte código:
a) elipse g) anacoluto
b) zeugma h) silepse de gênero
c) pleonasmo i) silepse de número
d) polissíndeto j) silepse de pessoa
e) assíndeto l) anáfora
f) hipérbato m) anástrofe
1. ( ) “Dizem que os cariocas somos pouco dados aos jardins públicos.”(Machado de Assis)
2. ( ) “Aquela mina de ouro, ele não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.” (José Lins do Rego)
3) ( ) “Este prefácio, apesar de interessante, inútil.” (Mário Andrade)
4. ( ) “Era véspera de Natal, as horas passavam, ele devia de querer estar ao lado de lá-Dijina, em sua casa deles dois, da outra banda, na Lapa-Laje.” (Guimarães Rosa)
5. ( ) “Em volta: leões deitados, pombas voando, ramalhetes de flores com laços de fitas, o Zé-Povinho de chapéu erguido.”
(Aníbal Machado)
6. ( ) “Sob os tetos abatidos e entre os esteios fumegantes, deslizavam melhor, a salvo, ou tinham mais invioláveis esconderijos, os sertanejos emboscados. “ (Euclides da Cunha)
7. ( ) V. Exa. está cansado?
8. ( ) “Caça, ninguém não pegava... (Mário de Andrade)
9. ( ) “Mas, me escute, a gente vamos chegar lá.”(Guimarães Rosa)
10. ( ) “Grande parte, porém, dos membros daquela assembléia estavam longe destas idéias.”(Alexandre Herculano)
11. ( ) “E brinquei, e dancei e fui
Vestido de rei....”(Chico Buarque)
12. ( ) “Wilfredo foge. O horror vai com ele, inclemente. Foge, corre, e vacila, e tropeça e resvala, E levanta-se, e foge alucinadamente....”(Olavo Bilac)
13. ( ) “Agachou-se, atiçou o fogo, apanhou uma brasa com a colher, acendeu o cachimbo, pôs-se a chupar o canudo do taquari cheio de sarro.” (Graciliano Ramos)
14. ( ) “Tão bom se ela estivesse viva me ver assim.”
(Antônio Olavo Pereira)
15. ( ) “Coisa curiosa é gente velha. Como comem!” (Aníbal Machado)
16. ( ) “Sonhei que estava sonhando um sonho sonhado.”(Martinho da Vila)
17. ( ) “Rubião fez um gesto. Palha outro; mas quão diferentes.”( Machado de Assis)
18. ( ) “Estava certo de que nunca jamais ninguém saberia do meu crime.” (Aurélio Buarque de Holanda)
19. ( ) “Fulgem as velhas almas namoradas....
- Almas tristes, severas, resignadas,
De guerreiros, de santos, de poetas. “
(Camilo Pessanha)
20. ( ) “Muita gente anda no mundo sem saber pra quê: vivem porque vêem os outros viverem.”
(J. Simões Lopes Neto)
Figuras de linguagem - teoria
Figuras de estilo ou de linguagem
As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um recurso lingüístico para expressar experiências comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade ou poeticidade ao discurso.
As figuras revelam muito da sensibilidade de quem as produz, traduzindo particularidades estilísticas do autor. A palavra empregada em sentido figurado, não- denotativo, passa a pertencer a outro campo de significação, mais amplo e criativo.
As figuras de linguagem classificam-se em:
a) figuras de palavra;
b) figuras de harmonia;
c) figuras de pensamento;
d) figuras de construção ou sintaxe.
FIGURAS DE PALAVRA
As figuras de palavra são figuras de linguagem que consistem no emprego de um termo com sentido diferente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na comunicação.
Comparação: Ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por conectivos comparativos explícitos - feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem - e alguns verbos - parecer, assemelhar-se e outros.
Exemplos: "Amou daquela vez como se fosse máquina.
Beijou sua mulher como se fosse lógico."
Metáfora: Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido.
Exemplo: "Supondo o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrairpérolas, que é a razão."
Metonímia: Ocorre metonímia quando há substituição de uma palavra por outra, havendo entre ambas algum grau de semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação mútua. Tal substituição fundamenta-se numa relação objetiva, real, realizando-se de inúmeros modos:
a causa pelo efeito e vice-versa:
"E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento."
Com trabalho.
o lugar de origem ou de produção pelo produto:
Comprei uma garrafa do legítimo porto.
O vinho da cidade do Porto.
o autor pela obra:
Ela parecia ler Jorge Amado.
A obra de Jorge Amado.
o abstrato pelo concreto e vice-versa:
Não devemos contar com o seu coração.
Sentimento, sensibilidade.
Sinédoque: Ocorre sinédoque quando há substituição de um termo por outro, havendo ampliação ou redução do sentido usual da palavra numa relação quantitativa. Encontramos sinédoque nos seguintes casos:
o todo pela parte e vice-versa:
"A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo."
o singular pelo plural e vice-versa:
O paulista é tímido; o carioca , atrevido.
o indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum):
Para os artistas ele foi um mecenas.
Modernamente, a metonímia engloba a sinédoque.
Catacrese: A catacrese é um tipo de especial de metáfora, "é uma espécie de metáfora desgastada, em que já não se sente nenhum vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. É a metáfora tornada hábito lingüístico, já fora do âmbito estilístico." (Othon M. Garcia)
Exemplos: folhas de livro, pele de tomate, dente de alho, montar em burro, céu da boca, cabeça de prego,mão de direção, ventre da terra, asa da xícara, sacar dinheiro no banco.
Sinestesia: A sinestesia consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão. Essas sensações podem ser físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas (subjetivas).
Exemplo: "A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de uma casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e úmida, macia[sensações táteis], quase irreal." (Augusto Meyer)
Antonomásia: Ocorre antonomásia quando designamos uma pessoa por uma qualidade, característica ou fato que a distingue.
Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto (descritivo, especificativo etc.) do nome próprio.
Exemplos:
"E ao rabi simples1, que a igualdade prega,
Rasga e enlameia a túnica inconsútil;
1 Cristo
Pelé (= Edson Arantes do Nascimento)
O poeta dos escravos (= Castro Alves)
O Dante Negro (= Cruz e Souza)
O Corso (= Napoleão)
Alegoria: A alegoria é uma acumulação de metáforas referindo-se ao mesmo objeto; é uma figura poética que consiste em expressar uma situação global por meio de outra que a evoque e intensifique o seu significado. Na alegoria, todas as palavras estão transladadas para um plano que não lhes é comum e oferecem dois sentidos completos e perfeitos - um referencial e outro metafórico.
Exemplo: "A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a orquestra é excelente... (Machado de Assis)
FIGURAS DE HARMONIA
Chamam-se figuras de som ou de harmonia os efeitos produzidos na linguagem quando há repetição de sons ou, ainda, quando se procura "imitar"sons produzidos por coisas ou seres.
Aliteração: Ocorre aliteração quando há repetição da mesma consoante ou de consoantes similares, geralmente em posição inicial da palavra.
Exemplo: "Toda gente homenageia Januária na janela."
Assonância: Ocorre assonância quando há repetição da mesma vogal ao longo de um verso ou poema.
Exemplo: "Sou Ana, da cama
da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam."
Paronomásia: Ocorre paronomásia quando há reprodução de sons semelhantes em palavras de significados diferentes.
Exemplo: "Berro pelo aterro pelo desterro
berro por seu berro pelo seu erro
quero que você ganhe que você me apanhe
sou o seu bezerro gritando mamãe."
Onomatopéia: Ocorre quando uma palavra ou conjunto de palavras imita um ruído ou som.
Exemplo: "O silêncio fresco despenca das árvores.
Veio de longe, das planícies altas,
Dos cerrados onde o guaxe passe rápido...
Vvvvvvvv... passou."
FIGURAS DE PENSAMENTO
As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se referem ao significado das palavras, ao seu aspecto semântico.
Antítese: Ocorre antítese quando há aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos.
Exemplo: "Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nosbem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal." (Rui Barbosa)
Apóstrofe: Ocorre apóstrofe quando há invocação de uma pessoa ou algo, real ou imaginário, que pode estar presente ou ausente. Corresponde ao vocativo na análise sintática e é utilizada para dar ênfase à expressão.
Exemplo: "Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?" (Castro Alves)
Paradoxo: Ocorre paradoxo não apenas na aproximação de palavras de sentido oposto, mas também na de idéias que se contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade enunciada com aparência de mentira. Oxímoro (ou oximoron) é outra designação para paradoxo.
Exemplo: "Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;" (Camões)
Eufemismo: Ocorre eufemismo quando uma palavra ou expressão é empregada para atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável ou chocante.
Exemplo: "E pela paz derradeira1 que enfim vai nos redimir Deus lhe pague" (Chico Buarque)
paz derradeira: morte
Gradação: Ocorre gradação quando há uma seqüência de palavras que intensificam uma mesma idéia.
Exemplo: "Aqui... além... mais longe por onde eu movo o passo." (Castro Alves)
Hipérbole: Ocorre hipérbole quando há exagero de uma idéia, a fim de proporcionar uma imagem emocionante e de impacto.
Exemplo: "Rios te correrão dos olhos, se chorares!" (Olavo Bilac)
Ironia: Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos, sugere-se o contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica.
Exemplo: "Moça linda, bem tratada,
três séculos de família,
burra como uma porta:
um amor." (Mário de Andrade)
Prosopopéia: Ocorre prosopopéia (ou animização ou personificação) quando se atribui movimento, ação, fala, sentimento, enfim, caracteres próprios de seres animados a seres inanimados ou imaginários.
Também a atribuição de características humanas a seres animados constitui prosopopéia o que é comum nas fábulas e nos apólogos, como este exemplo de Mário de Quintana: "O peixinho (...) silencioso e levemente melancólico..."
Exemplos: "... os rios vão carregando as queixas do caminho." (Raul Bopp)
" Um frio inteligente (...) percorria o jardim..." (Clarice Lispector)
Perífrase: Ocorre perífrase quando se cria um torneio de palavras para expressar algum objeto, acidente geográfico ou situação que não se quer nomear.
Exemplo: "Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil." (André Filho)
FIGURAS DE SINTAXE
As figuras de sintaxe ou de construção dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões.
Assíndeto: Ocorre assíndeto quando orações ou palavras deveriam vir ligadas por conjunções coordenativas, aparecem justapostas ou separadas por vírgulas.
Exigem do leitor atenção maior no exame de cada fato, por exigência das pausas rítmicas (vírgulas).
Exemplo: "Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se." (Machado de Assis)
Elipse: Ocorre elipse quando omitimos um termo ou oração que facilmente podemos identificar ou subentender no contexto. Pode ocorrer na supressão de pronomes, conjunções, preposições ou verbos. É um poderoso recurso de concisão e dinamismo.
Exemplo: "Veio sem pinturas, em vestido leve, sandálias coloridas."
1 Elipse do pronome ela (Ela veio) e da preposição de (de sandálias...)
Zeugma: Ocorre zeugma quando um termo já expresso na frase é suprimido, ficando subentendida sua repetição.
Exemplo: "Foi saqueada a vida, e assassinados os partidários dos Felipes." 1
1 Zeugma do verbo: "e foram assassinados..."
Anáfora: Ocorre anáfora quando há repetição intencional de palavras no início de um período, frase ou verso.
Exemplo: "Depois o areal extenso...
Depois o oceano de pó...
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só..." (Castro Alves)
Pleonasmo: Ocorre pleonasmo quando há repetição da mesma idéia, isto é, redundância de significado.
a) Pleonasmo literário: É o uso de palavras redundantes para reforçar uma idéia, tanto do ponto de vista semântico quanto do ponto de vista sintático. Usado como um recurso estilístico, enriquece a expressão, dando ênfase à mensagem.
Exemplo: "Iam vinte anos desde aquele dia
Quando com os olhos eu quis ver de perto
Quando em visão com os da saudade via." (Alberto de Oliveira)
"Ó mar salgado, quando do teu sal
São lágrimas de Portugal" (Fernando Pessoa)
b) Pleonasmo vicioso: É o desdobramento de idéias que já estavam implícitas em palavras anteriormente expressas. Pleonasmos viciosos devem ser evitados, pois não têm valor de reforço de uma idéia, sendo apenas fruto do descobrimento do sentido real das palavras.
Exemplos: subir para cima, entrar para dentro, repetir de novo, ouvir com os ouvidos, hemorragia de sangue, monopólio exclusivo, breve alocução, principal protagonista
Polissíndeto: Ocorre polissíndeto quando há repetição enfática de uma conjunção coordenativa mais vezes do que exige a norma gramatical ( geralmente a conjunção e). É um recurso que sugere movimentos ininterruptos ou vertiginosos.
Exemplo: "Vão chegando as burguesinhas pobres,
e as criadas das burguesinhas ricas
e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza." (Manuel Bandeira)
Anástrofe: Ocorre anástrofe quando há uma simples inversão de palavras vizinhas (determinante / determinado).
Exemplo: "Tão leve estou 1 que nem sombra tenho." (Mário Quintana)
1 Estou tão leve...
Hipérbato: Ocorre hipérbato quando há uma inversão completa de membros da frase.
Exemplo: "Passeiam à tarde, as belas na Avenida. " 1 (Carlos Drummond de Andrade)
1 As belas passeiam na Avenida à tarde.
Sínquise: Ocorre sínquise quando há uma inversão violenta de distantes partes da frase. É um hipérbato exagerado.
Exemplo: "A grita se alevanta ao Céu, da gente. " 1 (Camões)
1 A grita da gente se alevanta ao Céu.
Hipálage: Ocorre hipálage quando há inversão da posição do adjetivo: uma qualidade que pertence a uma objeto é atribuída a outro, na mesma frase.
Exemplo: "... as lojas loquazes dos barbeiros." 2 (Eça de Queiros)
2 ... as lojas dos barbeiros loquazes.
Anacoluto: Ocorre anacoluto quando há interrupção do plano sintático com que se inicia a frase, alterando-lhe a seqüência lógica. A construção do período deixa um ou mais termos - que não apresentam função sintática definida - desprendidos dos demais, geralmente depois de uma pausa sensível.
Exemplo: "Essas empregadas de hoje, não se pode confiar nelas." (Alcântara Machado)
Silepse: Ocorre silepse quando a concordância não é feita com as palavras, mas com a idéia a elas associada.
a) Silepse de gênero: Ocorre quando há discordância entre os gêneros gramaticais (feminino ou masculino).
Exemplo: "Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito." (Guimarães Rosa)
b) Silepse de número: Ocorre quando há discordância envolvendo o número gramatical (singular ou plural).
Exemplo: Corria gente de todos lados, e gritavam." (Mário Barreto)
c) Silepse de pessoa: Ocorre quando há discordância entre o sujeito expresso e a pessoa verbal: o sujeito que fala ou escreve se inclui no sujeito enunciado.
Exemplo: "Na noite seguinte estávamos reunidas algumas pessoas." (Machado de Assis)
Autoria: Norberto Gonçalves
As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um recurso lingüístico para expressar experiências comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade ou poeticidade ao discurso.
As figuras revelam muito da sensibilidade de quem as produz, traduzindo particularidades estilísticas do autor. A palavra empregada em sentido figurado, não- denotativo, passa a pertencer a outro campo de significação, mais amplo e criativo.
As figuras de linguagem classificam-se em:
a) figuras de palavra;
b) figuras de harmonia;
c) figuras de pensamento;
d) figuras de construção ou sintaxe.
FIGURAS DE PALAVRA
As figuras de palavra são figuras de linguagem que consistem no emprego de um termo com sentido diferente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na comunicação.
Comparação: Ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por conectivos comparativos explícitos - feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem - e alguns verbos - parecer, assemelhar-se e outros.
Exemplos: "Amou daquela vez como se fosse máquina.
Beijou sua mulher como se fosse lógico."
Metáfora: Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido.
Exemplo: "Supondo o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrairpérolas, que é a razão."
Metonímia: Ocorre metonímia quando há substituição de uma palavra por outra, havendo entre ambas algum grau de semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação mútua. Tal substituição fundamenta-se numa relação objetiva, real, realizando-se de inúmeros modos:
a causa pelo efeito e vice-versa:
"E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento."
Com trabalho.
o lugar de origem ou de produção pelo produto:
Comprei uma garrafa do legítimo porto.
O vinho da cidade do Porto.
o autor pela obra:
Ela parecia ler Jorge Amado.
A obra de Jorge Amado.
o abstrato pelo concreto e vice-versa:
Não devemos contar com o seu coração.
Sentimento, sensibilidade.
Sinédoque: Ocorre sinédoque quando há substituição de um termo por outro, havendo ampliação ou redução do sentido usual da palavra numa relação quantitativa. Encontramos sinédoque nos seguintes casos:
o todo pela parte e vice-versa:
"A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo."
o singular pelo plural e vice-versa:
O paulista é tímido; o carioca , atrevido.
o indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum):
Para os artistas ele foi um mecenas.
Modernamente, a metonímia engloba a sinédoque.
Catacrese: A catacrese é um tipo de especial de metáfora, "é uma espécie de metáfora desgastada, em que já não se sente nenhum vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. É a metáfora tornada hábito lingüístico, já fora do âmbito estilístico." (Othon M. Garcia)
Exemplos: folhas de livro, pele de tomate, dente de alho, montar em burro, céu da boca, cabeça de prego,mão de direção, ventre da terra, asa da xícara, sacar dinheiro no banco.
Sinestesia: A sinestesia consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão. Essas sensações podem ser físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas (subjetivas).
Exemplo: "A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de uma casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e úmida, macia[sensações táteis], quase irreal." (Augusto Meyer)
Antonomásia: Ocorre antonomásia quando designamos uma pessoa por uma qualidade, característica ou fato que a distingue.
Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto (descritivo, especificativo etc.) do nome próprio.
Exemplos:
"E ao rabi simples1, que a igualdade prega,
Rasga e enlameia a túnica inconsútil;
1 Cristo
Pelé (= Edson Arantes do Nascimento)
O poeta dos escravos (= Castro Alves)
O Dante Negro (= Cruz e Souza)
O Corso (= Napoleão)
Alegoria: A alegoria é uma acumulação de metáforas referindo-se ao mesmo objeto; é uma figura poética que consiste em expressar uma situação global por meio de outra que a evoque e intensifique o seu significado. Na alegoria, todas as palavras estão transladadas para um plano que não lhes é comum e oferecem dois sentidos completos e perfeitos - um referencial e outro metafórico.
Exemplo: "A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a orquestra é excelente... (Machado de Assis)
FIGURAS DE HARMONIA
Chamam-se figuras de som ou de harmonia os efeitos produzidos na linguagem quando há repetição de sons ou, ainda, quando se procura "imitar"sons produzidos por coisas ou seres.
Aliteração: Ocorre aliteração quando há repetição da mesma consoante ou de consoantes similares, geralmente em posição inicial da palavra.
Exemplo: "Toda gente homenageia Januária na janela."
Assonância: Ocorre assonância quando há repetição da mesma vogal ao longo de um verso ou poema.
Exemplo: "Sou Ana, da cama
da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam."
Paronomásia: Ocorre paronomásia quando há reprodução de sons semelhantes em palavras de significados diferentes.
Exemplo: "Berro pelo aterro pelo desterro
berro por seu berro pelo seu erro
quero que você ganhe que você me apanhe
sou o seu bezerro gritando mamãe."
Onomatopéia: Ocorre quando uma palavra ou conjunto de palavras imita um ruído ou som.
Exemplo: "O silêncio fresco despenca das árvores.
Veio de longe, das planícies altas,
Dos cerrados onde o guaxe passe rápido...
Vvvvvvvv... passou."
FIGURAS DE PENSAMENTO
As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se referem ao significado das palavras, ao seu aspecto semântico.
Antítese: Ocorre antítese quando há aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos.
Exemplo: "Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nosbem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal." (Rui Barbosa)
Apóstrofe: Ocorre apóstrofe quando há invocação de uma pessoa ou algo, real ou imaginário, que pode estar presente ou ausente. Corresponde ao vocativo na análise sintática e é utilizada para dar ênfase à expressão.
Exemplo: "Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?" (Castro Alves)
Paradoxo: Ocorre paradoxo não apenas na aproximação de palavras de sentido oposto, mas também na de idéias que se contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade enunciada com aparência de mentira. Oxímoro (ou oximoron) é outra designação para paradoxo.
Exemplo: "Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;" (Camões)
Eufemismo: Ocorre eufemismo quando uma palavra ou expressão é empregada para atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável ou chocante.
Exemplo: "E pela paz derradeira1 que enfim vai nos redimir Deus lhe pague" (Chico Buarque)
paz derradeira: morte
Gradação: Ocorre gradação quando há uma seqüência de palavras que intensificam uma mesma idéia.
Exemplo: "Aqui... além... mais longe por onde eu movo o passo." (Castro Alves)
Hipérbole: Ocorre hipérbole quando há exagero de uma idéia, a fim de proporcionar uma imagem emocionante e de impacto.
Exemplo: "Rios te correrão dos olhos, se chorares!" (Olavo Bilac)
Ironia: Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos, sugere-se o contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica.
Exemplo: "Moça linda, bem tratada,
três séculos de família,
burra como uma porta:
um amor." (Mário de Andrade)
Prosopopéia: Ocorre prosopopéia (ou animização ou personificação) quando se atribui movimento, ação, fala, sentimento, enfim, caracteres próprios de seres animados a seres inanimados ou imaginários.
Também a atribuição de características humanas a seres animados constitui prosopopéia o que é comum nas fábulas e nos apólogos, como este exemplo de Mário de Quintana: "O peixinho (...) silencioso e levemente melancólico..."
Exemplos: "... os rios vão carregando as queixas do caminho." (Raul Bopp)
" Um frio inteligente (...) percorria o jardim..." (Clarice Lispector)
Perífrase: Ocorre perífrase quando se cria um torneio de palavras para expressar algum objeto, acidente geográfico ou situação que não se quer nomear.
Exemplo: "Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil." (André Filho)
FIGURAS DE SINTAXE
As figuras de sintaxe ou de construção dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões.
Assíndeto: Ocorre assíndeto quando orações ou palavras deveriam vir ligadas por conjunções coordenativas, aparecem justapostas ou separadas por vírgulas.
Exigem do leitor atenção maior no exame de cada fato, por exigência das pausas rítmicas (vírgulas).
Exemplo: "Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se." (Machado de Assis)
Elipse: Ocorre elipse quando omitimos um termo ou oração que facilmente podemos identificar ou subentender no contexto. Pode ocorrer na supressão de pronomes, conjunções, preposições ou verbos. É um poderoso recurso de concisão e dinamismo.
Exemplo: "Veio sem pinturas, em vestido leve, sandálias coloridas."
1 Elipse do pronome ela (Ela veio) e da preposição de (de sandálias...)
Zeugma: Ocorre zeugma quando um termo já expresso na frase é suprimido, ficando subentendida sua repetição.
Exemplo: "Foi saqueada a vida, e assassinados os partidários dos Felipes." 1
1 Zeugma do verbo: "e foram assassinados..."
Anáfora: Ocorre anáfora quando há repetição intencional de palavras no início de um período, frase ou verso.
Exemplo: "Depois o areal extenso...
Depois o oceano de pó...
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só..." (Castro Alves)
Pleonasmo: Ocorre pleonasmo quando há repetição da mesma idéia, isto é, redundância de significado.
a) Pleonasmo literário: É o uso de palavras redundantes para reforçar uma idéia, tanto do ponto de vista semântico quanto do ponto de vista sintático. Usado como um recurso estilístico, enriquece a expressão, dando ênfase à mensagem.
Exemplo: "Iam vinte anos desde aquele dia
Quando com os olhos eu quis ver de perto
Quando em visão com os da saudade via." (Alberto de Oliveira)
"Ó mar salgado, quando do teu sal
São lágrimas de Portugal" (Fernando Pessoa)
b) Pleonasmo vicioso: É o desdobramento de idéias que já estavam implícitas em palavras anteriormente expressas. Pleonasmos viciosos devem ser evitados, pois não têm valor de reforço de uma idéia, sendo apenas fruto do descobrimento do sentido real das palavras.
Exemplos: subir para cima, entrar para dentro, repetir de novo, ouvir com os ouvidos, hemorragia de sangue, monopólio exclusivo, breve alocução, principal protagonista
Polissíndeto: Ocorre polissíndeto quando há repetição enfática de uma conjunção coordenativa mais vezes do que exige a norma gramatical ( geralmente a conjunção e). É um recurso que sugere movimentos ininterruptos ou vertiginosos.
Exemplo: "Vão chegando as burguesinhas pobres,
e as criadas das burguesinhas ricas
e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza." (Manuel Bandeira)
Anástrofe: Ocorre anástrofe quando há uma simples inversão de palavras vizinhas (determinante / determinado).
Exemplo: "Tão leve estou 1 que nem sombra tenho." (Mário Quintana)
1 Estou tão leve...
Hipérbato: Ocorre hipérbato quando há uma inversão completa de membros da frase.
Exemplo: "Passeiam à tarde, as belas na Avenida. " 1 (Carlos Drummond de Andrade)
1 As belas passeiam na Avenida à tarde.
Sínquise: Ocorre sínquise quando há uma inversão violenta de distantes partes da frase. É um hipérbato exagerado.
Exemplo: "A grita se alevanta ao Céu, da gente. " 1 (Camões)
1 A grita da gente se alevanta ao Céu.
Hipálage: Ocorre hipálage quando há inversão da posição do adjetivo: uma qualidade que pertence a uma objeto é atribuída a outro, na mesma frase.
Exemplo: "... as lojas loquazes dos barbeiros." 2 (Eça de Queiros)
2 ... as lojas dos barbeiros loquazes.
Anacoluto: Ocorre anacoluto quando há interrupção do plano sintático com que se inicia a frase, alterando-lhe a seqüência lógica. A construção do período deixa um ou mais termos - que não apresentam função sintática definida - desprendidos dos demais, geralmente depois de uma pausa sensível.
Exemplo: "Essas empregadas de hoje, não se pode confiar nelas." (Alcântara Machado)
Silepse: Ocorre silepse quando a concordância não é feita com as palavras, mas com a idéia a elas associada.
a) Silepse de gênero: Ocorre quando há discordância entre os gêneros gramaticais (feminino ou masculino).
Exemplo: "Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito." (Guimarães Rosa)
b) Silepse de número: Ocorre quando há discordância envolvendo o número gramatical (singular ou plural).
Exemplo: Corria gente de todos lados, e gritavam." (Mário Barreto)
c) Silepse de pessoa: Ocorre quando há discordância entre o sujeito expresso e a pessoa verbal: o sujeito que fala ou escreve se inclui no sujeito enunciado.
Exemplo: "Na noite seguinte estávamos reunidas algumas pessoas." (Machado de Assis)
Autoria: Norberto Gonçalves
Slides sobre características formais dos textos literários e exemplos diversos de figuras de linguagem
Características formais da linguagem dos textos literários:
texto em verso X texto em prosa
Poema ou poesia
Métrica – medida dos versos segundo o número de sílabas poéticas; a separação das sílabas poéticas se chama escansão.
Comparemos:
Divisão silábica gramatical
Mi-nha-des-gra-ça,-ó-cân-di-da-don-ze-la,
(12)
O-que-faz-que-o-meu-pei-to-as-sim-blas-fe-ma
(13)
Mi-nha-des-gra-ça, ó-cân-di-da-don-ze-la,
(10)
O-que-faz-que o-meu-pei-to as-sim-blas-fe-ma
(10)
Versos de métrica idêntica são chamados regulares, caso contrário, são chamados de livres.
Rima efeito baseado na semelhança sonora de palavras no final ou no interior do verso (externa ou interna):
Intercaladas (ABBA); Alternadas (ABAB); Emparelhadas (AABB)
Há de se considerar também o ritmo, que se constrói em virtude da posição de sílabas tônicas nos versos do poema.
Figuras de linguagem
As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um recurso lingüístico para expressar experiências comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade ou poeticidade ao discurso.
As figuras revelam muito da sensibilidade de quem as produz, traduzindo particularidades estilísticas do autor. A palavra empregada em sentido figurado, não- denotativo, passa a pertencer a outro campo de significação, mais amplo e criativo.
As figuras de linguagem classificam-se em:
a) figuras de palavra;
b) figuras de harmonia;
c) figuras de pensamento;
d) figuras de construção ou sintaxe.
Figuras de palavra
a) comparação
b) metáfora
c) metonímia
d) catacrese
e) sinestesia
f) antonomásia
(A) Comparação
"Amou daquela vez como se fosse máquina.
Beijou sua mulher como se fosse lógico.”
Vida vem em ondas como o mar.
Meu coração está igual a um céu cinzento.
(B) Metáfora
"Meu pensamento é um rio subterrâneo." (Fernando Pessoa)
Seus olhos são luzes brilhantes.
Ele é um anjo.
Ela é uma flor.
(C) Metonímia
1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis.
(= Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.)
2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo.
(= As lâmpadas iluminam o mundo.)
3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz.
(= Não te afastes da religião.)
4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso havana.
(= Fumei um saboroso charuto.)
5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte.
(= Sócrates tomou veneno.)
6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu trabalho.
(= Moro no campo e como o alimento que produzo.)
7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo.
(= Bebeu todo o líquido que estava no cálice.)
8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos jogadores.
(= Os repórtere sforam atrás dos jogadores.)
9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente.
(= Várias pessoas passavam apressadamente.)
10 - Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem nesse mundo.
(= Os homens pensam e sofrem nesse mundo.)
11 - Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir às ruas na luta por seus direitos.
(= As mulheres foram chamadas, não apenas uma mulher.)
12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone.
(= Minha filha adora o iogurte que é da marca danone.)
13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua.
(= Alguns astronautas foram à Lua.)
14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança penderá para teu lado.
(= A justiça ficará do teu lado.)
D) Catacrese
folhas de livro, pele de tomate, dente de alho, montar em burro, céu da boca, cabeça de prego,mão de direção, ventre da terra, asa da xícara, sacar dinheiro no banco.
(E) sinestesia
"A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de uma casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e úmida, macia[sensações táteis], quase irreal." (Augusto Meyer)
Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = auditivo; áspero = tátil) No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (silêncio = auditivo; negro = visual)
(F) Antonomásia
A Cidade Maravilhosa recebe muitos turistas durante o carnaval.
O Rei das Selvas está bravo.
A Dama do Suspense escreveu livros ótimos.
O Mestre do Suspense dirigiu grandes clássicos do cinema.
OBS: Quando referido a lugares ou animais, chama-se perífrase.
Figuras de som ou de harmonia
a) aliteração
b) assonância
c) paronomásia
d) onomatopéia
(A) Aliteração
“Auriverde pendão de minha terra
que a brisa do Brasil beija e balança” (C. Alves)
“O rato roeu a roupa do rei de Roma”
“Quero ser a cicatriz risonha e corrosiva,
Marcada a frio, ferro e fogo em carne viva.
Quero ficar feito cruz nas tuas costas,
Que te retalha em postas,
Mas no fundo gostas quando a noite vem” (Chico)
Três pratos de trigo para três tigres tristes.
O rato roeu a roupa do rei de Roma.
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
“Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”
"Toda gente homenageia Januária na janela."
(B) Assonância
“Sou um mulato nato no sentido lato” (C. Veloso)
"Sou Ana, da cama
da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam."
(C) Paronomásia
“Trocando em miúdos, podes guardar
As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós”
(D) Onomatopeia
Com o au-au dos cachorros, os gatos desapareceram.
Miau-miau. – Eram os gatos miando no telhado a noite toda.
Os sinos faziam blem, blem, blem, blem.
Tic-tac, tic-tac fazia o relógio da sala de jantar.
Cócórócócó, fez o galo às seis da manhã.
"O silêncio fresco despenca das árvores.
Veio de longe, das planícies altas,
Dos cerrados onde o guaxe passe rápido...
Vvvvvvvv... passou."
Figuras de pensamento
a) antítese
b) eufemismo
c) ironia
d) apóstrofe
e) gradação
f) prosopopéia
g) paradoxo
h) hipérbole
(a) antítese
"Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nosbem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal." (Rui Barbosa)
Ela se preocupa tanto com o passado que esquece o presente.
A guerra não leva a nada, devemos buscar a paz.
(b) eufemismo
E pela paz derradeira1 que enfim vai nos redimir Deus lhe pague"
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor. (= morreu)
O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
Aquele rapaz não é legal, ele subtraiu dinheiro.
Acho que não fui feliz nos exames.
(c) ironia
Que homem lindo! (quando se trata, na verdade, de um homem feio.)
Como você escreve bem, meu vizinho de 5 anos teria feito uma redação melhor!
Que bolsa barata, custou só mil reais!
Que alunos inteligentes, não sabem nem somar.
Se você gritar mais alto, eu agradeço.
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”
Como você foi bem na última prova, não tirou nem a nota mínima! Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que estão por perto.
"Moça linda, bem tratada,
três séculos de família,
burra como uma porta:
um amor." (Mário de Andrade)
(d) apóstrofe
Moça, que fazes aí parada?
"Pai Nosso, que estais no céu..."
"Liberdade, Liberdade,
Abre as asas sobre nós,
Das lutas, na tempestade,
Dá que ouçamos tua voz..." (Osório Duque Estrada)
(e) gradação
"Aqui... além... mais longe por onde eu movo o passo." (Castro Alves)
"Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu amor". (Olavo Bilac)
"O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se." (Padre Antônio Vieira)
“Um coração chagado de desejos
Latejando, batendo, restrugindo.”
(f) prosopopéia
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
O céu está mostrando sua face mais bela.
O cão mostrou grande sisudez.
A formiga disse para a cigarra: ” Cantou…agora dança!”
As pedras andam vagarosamente.
O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um cego que guia.
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra.
O vento fazia promessas suaves a quem o escutasse.
Chora, violão.
(g) paradoxo
Na reunião, o funcionário afirmou que o operário quanto mais trabalha mais tem dificuldades econômicas.
"Amor é fogo que arde sem se ver;
ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;" (Camões)
(h) hipérbole
Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
"Rios te correrão dos olhos, se chorares." (Olavo Bilac)
Muitas pessoas morriam de medo da perna cabeluda.
FIGURAS DE SINTAXE
(a) assíndeto
(b) anáfora
(c) inversão
(d) elipse
(e) zeugma
(f) anacoluto
(g) pleonasmo
(h) polissíndeto
(i) silepse
(a) assíndeto
"Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se." (Machado de Assis)
Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família.
"Vim, vi, venci." (Júlio César)
Chegamos de viagem, tomamos banho, depois saímos para dançar.
(b) anáfora
“ Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer”
Cada alma é uma escada para Deus,
Cada alma é um corredor-Universo para Deus,
Cada alma é um rio correndo por margens de Externo
Para Deus e em Deus com um sussurro noturno. (Fernando Pessoa)
"Se você gritasse
Se você gemesse,
Se você tocasse
a valsa vienense
Se você dormisse,
Se você cansasse,
Se você morresse...
Mas você não morre,
Você é duro José!"
(c) inversão
Tão leve estou que nem sombra tenho." (Mário Quintana)
"A grita se alevanta ao Céu, da gente. " 1 (Camões)
1 A grita da gente se alevanta ao Céu.
Ao ódio venceu o amor. (Na ordem direta seria: O amor venceu ao ódio.) Dos meus problemas cuido eu! (Na ordem direta seria: Eu cuido dos meus problemas.)
Correm pelo parque as crianças da rua.
Na escada subiu o pintor.
(d) elipse - (e) zeugma
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.”
Após a queda, nenhuma fratura.
Ele come carne, eu verduras.
Ele prefere cinema; eu, teatro.
A cada um o que é seu. (Deve-se dar a cada um o que é seu.)
Tenho duas filhas, um filho e amo todos da mesma maneira.
Nesse exemplo, as desinências verbais de tenho e amo permitem-nos a identificação do
sujeito em elipse "eu".
Regina estava atrasada. Preferiu ir direto para o trabalho. (Ela, Regina, preferiu ir direto para o trabalho, pois estava atrasada.)
Ele gosta de geografia; eu, de português.
Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só móveis modernos.
Ela gosta de natação; eu, de vôlei.
No céu há estrelas; na terra, você.
(f) anacoluto
A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa.
Ele, nada podia assustá-lo.
Dois gatinhos miando no muro, conversávamos sobre como é complicada a vida dos animais.
Novas espécies de tubarão no Japão, pensava em como é misteriosa a natureza.
Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
O Alexandre, as coisas não lhe estão indo muito bem.
A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha. (Camilo Castelo Branco)
(g) pleonasmo
“E rir meu riso e derramar meu pranto.”
Nós cantamos um canto glorioso.
“Vi com meus próprios olhos.”
Aos funcionários, não lhes interessam tais medidas.
Aos funcionários, lhes = Objeto Indireto
Nesse caso, há um pleonasmo do objeto indireto, e o pronome "lhes" exerce a função de objeto indireto pleonástico.
Viciosos:
subir para cima, entrar para dentro, repetir de novo, ouvir com os ouvidos, hemorragia de sangue, monopólio exclusivo, breve alocução, principal protagonista
(h) polissíndeto
"Vão chegando as burguesinhas pobres,
e as criadas das burguesinhas ricas
e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza."
(Manuel Bandeira)
"Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre, vacila e grita,
luta e ensanguenta, e rola, e tomba, e se espedaça, e morre."
(Olavo Bilac)
"Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe da natureza.
“ E sob as ondas ritmadas
e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito (...)”
(i) silepse
• De gênero
Vossa Excelência está preocupado.
"Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito." (Guimarães Rosa)
• De número
Os Lusíadas glorificou nossa literatura.
Corria gente de todos lados, e gritavam." (Mário Barreto)
• De pessoa
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca.”
"Na noite seguinte estávamos reunidas algumas pessoas." (Machado de Assis)
texto em verso X texto em prosa
Poema ou poesia
Métrica – medida dos versos segundo o número de sílabas poéticas; a separação das sílabas poéticas se chama escansão.
Comparemos:
Divisão silábica gramatical
Mi-nha-des-gra-ça,-ó-cân-di-da-don-ze-la,
(12)
O-que-faz-que-o-meu-pei-to-as-sim-blas-fe-ma
(13)
Mi-nha-des-gra-ça, ó-cân-di-da-don-ze-la,
(10)
O-que-faz-que o-meu-pei-to as-sim-blas-fe-ma
(10)
Versos de métrica idêntica são chamados regulares, caso contrário, são chamados de livres.
Rima efeito baseado na semelhança sonora de palavras no final ou no interior do verso (externa ou interna):
Intercaladas (ABBA); Alternadas (ABAB); Emparelhadas (AABB)
Há de se considerar também o ritmo, que se constrói em virtude da posição de sílabas tônicas nos versos do poema.
Figuras de linguagem
As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um recurso lingüístico para expressar experiências comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade ou poeticidade ao discurso.
As figuras revelam muito da sensibilidade de quem as produz, traduzindo particularidades estilísticas do autor. A palavra empregada em sentido figurado, não- denotativo, passa a pertencer a outro campo de significação, mais amplo e criativo.
As figuras de linguagem classificam-se em:
a) figuras de palavra;
b) figuras de harmonia;
c) figuras de pensamento;
d) figuras de construção ou sintaxe.
Figuras de palavra
a) comparação
b) metáfora
c) metonímia
d) catacrese
e) sinestesia
f) antonomásia
(A) Comparação
"Amou daquela vez como se fosse máquina.
Beijou sua mulher como se fosse lógico.”
Vida vem em ondas como o mar.
Meu coração está igual a um céu cinzento.
(B) Metáfora
"Meu pensamento é um rio subterrâneo." (Fernando Pessoa)
Seus olhos são luzes brilhantes.
Ele é um anjo.
Ela é uma flor.
(C) Metonímia
1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis.
(= Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.)
2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo.
(= As lâmpadas iluminam o mundo.)
3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz.
(= Não te afastes da religião.)
4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso havana.
(= Fumei um saboroso charuto.)
5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte.
(= Sócrates tomou veneno.)
6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu trabalho.
(= Moro no campo e como o alimento que produzo.)
7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo.
(= Bebeu todo o líquido que estava no cálice.)
8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos jogadores.
(= Os repórtere sforam atrás dos jogadores.)
9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente.
(= Várias pessoas passavam apressadamente.)
10 - Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem nesse mundo.
(= Os homens pensam e sofrem nesse mundo.)
11 - Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir às ruas na luta por seus direitos.
(= As mulheres foram chamadas, não apenas uma mulher.)
12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone.
(= Minha filha adora o iogurte que é da marca danone.)
13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua.
(= Alguns astronautas foram à Lua.)
14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança penderá para teu lado.
(= A justiça ficará do teu lado.)
D) Catacrese
folhas de livro, pele de tomate, dente de alho, montar em burro, céu da boca, cabeça de prego,mão de direção, ventre da terra, asa da xícara, sacar dinheiro no banco.
(E) sinestesia
"A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de uma casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e úmida, macia[sensações táteis], quase irreal." (Augusto Meyer)
Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = auditivo; áspero = tátil) No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (silêncio = auditivo; negro = visual)
(F) Antonomásia
A Cidade Maravilhosa recebe muitos turistas durante o carnaval.
O Rei das Selvas está bravo.
A Dama do Suspense escreveu livros ótimos.
O Mestre do Suspense dirigiu grandes clássicos do cinema.
OBS: Quando referido a lugares ou animais, chama-se perífrase.
Figuras de som ou de harmonia
a) aliteração
b) assonância
c) paronomásia
d) onomatopéia
(A) Aliteração
“Auriverde pendão de minha terra
que a brisa do Brasil beija e balança” (C. Alves)
“O rato roeu a roupa do rei de Roma”
“Quero ser a cicatriz risonha e corrosiva,
Marcada a frio, ferro e fogo em carne viva.
Quero ficar feito cruz nas tuas costas,
Que te retalha em postas,
Mas no fundo gostas quando a noite vem” (Chico)
Três pratos de trigo para três tigres tristes.
O rato roeu a roupa do rei de Roma.
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
“Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”
"Toda gente homenageia Januária na janela."
(B) Assonância
“Sou um mulato nato no sentido lato” (C. Veloso)
"Sou Ana, da cama
da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam."
(C) Paronomásia
“Trocando em miúdos, podes guardar
As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós”
(D) Onomatopeia
Com o au-au dos cachorros, os gatos desapareceram.
Miau-miau. – Eram os gatos miando no telhado a noite toda.
Os sinos faziam blem, blem, blem, blem.
Tic-tac, tic-tac fazia o relógio da sala de jantar.
Cócórócócó, fez o galo às seis da manhã.
"O silêncio fresco despenca das árvores.
Veio de longe, das planícies altas,
Dos cerrados onde o guaxe passe rápido...
Vvvvvvvv... passou."
Figuras de pensamento
a) antítese
b) eufemismo
c) ironia
d) apóstrofe
e) gradação
f) prosopopéia
g) paradoxo
h) hipérbole
(a) antítese
"Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nosbem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal." (Rui Barbosa)
Ela se preocupa tanto com o passado que esquece o presente.
A guerra não leva a nada, devemos buscar a paz.
(b) eufemismo
E pela paz derradeira1 que enfim vai nos redimir Deus lhe pague"
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor. (= morreu)
O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
Aquele rapaz não é legal, ele subtraiu dinheiro.
Acho que não fui feliz nos exames.
(c) ironia
Que homem lindo! (quando se trata, na verdade, de um homem feio.)
Como você escreve bem, meu vizinho de 5 anos teria feito uma redação melhor!
Que bolsa barata, custou só mil reais!
Que alunos inteligentes, não sabem nem somar.
Se você gritar mais alto, eu agradeço.
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”
Como você foi bem na última prova, não tirou nem a nota mínima! Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que estão por perto.
"Moça linda, bem tratada,
três séculos de família,
burra como uma porta:
um amor." (Mário de Andrade)
(d) apóstrofe
Moça, que fazes aí parada?
"Pai Nosso, que estais no céu..."
"Liberdade, Liberdade,
Abre as asas sobre nós,
Das lutas, na tempestade,
Dá que ouçamos tua voz..." (Osório Duque Estrada)
(e) gradação
"Aqui... além... mais longe por onde eu movo o passo." (Castro Alves)
"Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu amor". (Olavo Bilac)
"O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se." (Padre Antônio Vieira)
“Um coração chagado de desejos
Latejando, batendo, restrugindo.”
(f) prosopopéia
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
O céu está mostrando sua face mais bela.
O cão mostrou grande sisudez.
A formiga disse para a cigarra: ” Cantou…agora dança!”
As pedras andam vagarosamente.
O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um cego que guia.
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra.
O vento fazia promessas suaves a quem o escutasse.
Chora, violão.
(g) paradoxo
Na reunião, o funcionário afirmou que o operário quanto mais trabalha mais tem dificuldades econômicas.
"Amor é fogo que arde sem se ver;
ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;" (Camões)
(h) hipérbole
Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
"Rios te correrão dos olhos, se chorares." (Olavo Bilac)
Muitas pessoas morriam de medo da perna cabeluda.
FIGURAS DE SINTAXE
(a) assíndeto
(b) anáfora
(c) inversão
(d) elipse
(e) zeugma
(f) anacoluto
(g) pleonasmo
(h) polissíndeto
(i) silepse
(a) assíndeto
"Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se." (Machado de Assis)
Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família.
"Vim, vi, venci." (Júlio César)
Chegamos de viagem, tomamos banho, depois saímos para dançar.
(b) anáfora
“ Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer”
Cada alma é uma escada para Deus,
Cada alma é um corredor-Universo para Deus,
Cada alma é um rio correndo por margens de Externo
Para Deus e em Deus com um sussurro noturno. (Fernando Pessoa)
"Se você gritasse
Se você gemesse,
Se você tocasse
a valsa vienense
Se você dormisse,
Se você cansasse,
Se você morresse...
Mas você não morre,
Você é duro José!"
(c) inversão
Tão leve estou que nem sombra tenho." (Mário Quintana)
"A grita se alevanta ao Céu, da gente. " 1 (Camões)
1 A grita da gente se alevanta ao Céu.
Ao ódio venceu o amor. (Na ordem direta seria: O amor venceu ao ódio.) Dos meus problemas cuido eu! (Na ordem direta seria: Eu cuido dos meus problemas.)
Correm pelo parque as crianças da rua.
Na escada subiu o pintor.
(d) elipse - (e) zeugma
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.”
Após a queda, nenhuma fratura.
Ele come carne, eu verduras.
Ele prefere cinema; eu, teatro.
A cada um o que é seu. (Deve-se dar a cada um o que é seu.)
Tenho duas filhas, um filho e amo todos da mesma maneira.
Nesse exemplo, as desinências verbais de tenho e amo permitem-nos a identificação do
sujeito em elipse "eu".
Regina estava atrasada. Preferiu ir direto para o trabalho. (Ela, Regina, preferiu ir direto para o trabalho, pois estava atrasada.)
Ele gosta de geografia; eu, de português.
Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só móveis modernos.
Ela gosta de natação; eu, de vôlei.
No céu há estrelas; na terra, você.
(f) anacoluto
A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa.
Ele, nada podia assustá-lo.
Dois gatinhos miando no muro, conversávamos sobre como é complicada a vida dos animais.
Novas espécies de tubarão no Japão, pensava em como é misteriosa a natureza.
Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
O Alexandre, as coisas não lhe estão indo muito bem.
A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha. (Camilo Castelo Branco)
(g) pleonasmo
“E rir meu riso e derramar meu pranto.”
Nós cantamos um canto glorioso.
“Vi com meus próprios olhos.”
Aos funcionários, não lhes interessam tais medidas.
Aos funcionários, lhes = Objeto Indireto
Nesse caso, há um pleonasmo do objeto indireto, e o pronome "lhes" exerce a função de objeto indireto pleonástico.
Viciosos:
subir para cima, entrar para dentro, repetir de novo, ouvir com os ouvidos, hemorragia de sangue, monopólio exclusivo, breve alocução, principal protagonista
(h) polissíndeto
"Vão chegando as burguesinhas pobres,
e as criadas das burguesinhas ricas
e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza."
(Manuel Bandeira)
"Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre, vacila e grita,
luta e ensanguenta, e rola, e tomba, e se espedaça, e morre."
(Olavo Bilac)
"Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe da natureza.
“ E sob as ondas ritmadas
e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito (...)”
(i) silepse
• De gênero
Vossa Excelência está preocupado.
"Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito." (Guimarães Rosa)
• De número
Os Lusíadas glorificou nossa literatura.
Corria gente de todos lados, e gritavam." (Mário Barreto)
• De pessoa
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca.”
"Na noite seguinte estávamos reunidas algumas pessoas." (Machado de Assis)
Postado por Fábio Fonseca às 08:20
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